De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), estavam registados 253.865 eleitores, dos quais 248.519 na ilha da Madeira e 5.346 na ilha do Porto Santo.
Em relação às anteriores regionais, em 2019, quando a abstenção foi de 44,5%, estavam agora inscritos menos 3.893 eleitores.
Segundo uma estimativa da Universidade Católica Portuguesa divulgada pela RTP cerca das 18:30, a abstenção deverá situar-se este ano entre 44% e 48%.
Até às 16h00, tinham votado 39,9% dos inscritos (contra 40,79% em 2019 e 37,48% em 2015), de acordo com a Secretaria-Geral do MAI.
O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.
Este ano, duas coligações e outros 11 partidos disputam os 47 lugares do parlamento regional, com um círculo eleitoral único: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), a votação decorreu com normalidade, mas ao longo do dia registaram-se alguns incidentes reportados pela RTP Madeira.
As irregularidades apontadas prenderam-se, essencialmente, com o transporte dos boletins de voto para as mesas, informou a RTP Madeira, exemplificando com um incidente que gerou um protesto na Escola Profissional Francisco Fernandes.
De acordo com a estação de televisão, a presidente de uma das mesas de voto denunciou, antes da abertura das urnas, que os boletins de voto tinham sido transportados num saco que tinha impresso o grafismo de uma coligação que tinha sido candidata à autarquia do Funchal.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Há quatro anos, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
[Notícia atualizada às 20h27]
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