Pela voz do vereador Artur Feio, os socialistas falaram em "esbanjamento de dinheiro", em "opção despesista" e em "falta de equidade" em relação a todo o universo municipal.
Na resposta, o administrador da Agere (empresa de águas, efluentes e resíduos), Rui Morais, disse que o contrato pretende assumir-se como uma espécie de "prémio" para os trabalhadores com absentismo zero.
Adiantou que, por época, cada "premiado" poderá ir quatro vezes ao estádio.
"O camarote não é para uso da administração, mas sim dos trabalhadores da Agere com absentismo zero. É um género de prémio", acrescentou Rui Morais, dizendo ainda que este contrato já vem desde 2004, numa altura em que a Câmara de Braga era gerida pelo PS.
No entanto, os vereadores socialistas dizem que desta medida resulta "falta de equidade" no universo municipal, já que contempla apenas uma empresa.
"Devia haver um fio condutor", defendeu Artur Feio.
O presidente da câmara, Ricardo Rio, disse que em causa estarão "20 euros" por cada ida de um trabalhador ao estádio e vincou que não acha "nada mal" a iniciativa de "recompensar" quem não falta ao trabalho.
"Se a Agere tem condições para atribuir essa recompensa, não acho nada mal que o faça. Não se deve nivelar por baixo", argumentou o autarca.
Rio disse ainda que, a seguir o raciocínio dos socialistas, os trabalhadores da Agere também "não receberiam o prémio de produtividade".
A Agere é detida em 51% pelo município de Braga e em 49% pelo consórcio Geswater.
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