Discursando na abertura do debate do Plano e Orçamento da região para 2024, Catarina Cabeceiras considerou que os tempos atuais são desafiantes devido às consequências das guerras da Ucrânia e Médio Oriente, ao aumento da inflação e da crise política nacional.
"Todo este cenário de incerteza e instabilidade obriga a responsabilidade acrescida", alertou, falando na Assembleia Legislativa, na Horta.
A deputada do CDS-PP no parlamento açoriano realçou que o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) "apresenta o maior investimento de sempre na área social" e destacou as "medidas inovadoras e impactantes" aplicadas na região, como a diminuição da carga fiscal.
Catarina Cabeceiras salientou igualmente a "aposta firme nas respostas sociais", exemplificando com os programas "Novos Idosos" e "Nascer Mais" e os aumentos do complemento regional de pensão e da diária dos doentes deslocados.
"Está tudo feito? Não. Mas, já há, sem dúvida, uma melhoria e isso não pode ser negado. É neste sentido que o Governo de coligação continua a consolidar a sua ação política no cumprimento do programa de governo", disse.
A centrista apelou ainda à responsabilidade, garantindo que os "pré-anúncios" dos partidos em relação à votação do Orçamento "não fazem hesitar" o Governo Regional.
"Responsabilidade é que os açorianos esperam de nós, responsabilidade social, responsabilidade política. Os pré-anúncios não nos fazem hesitar", assegurou.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começou hoje a ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na generalidade deverá acontecer na quarta-feira ou na quinta-feira.
O terceiro Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado após a Iniciativa Liberal (IL) e o deputado independente terem denunciado em março os acordos escritos que asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.
Antes do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito pelo Chega).
Leia Também: Chega/Açores condena "falta de diálogo" do Governo Regional