'Farpas' na corrida à liderança do PS? "Partidos são forças plurais"

O socialista Augusto Santos Silva foi questionado sobre os "ataques" na corrida à liderança do Partido Socialista.

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Teresa Banha
21/11/2023 20:00 ‧ 21/11/2023 por Teresa Banha

Política

Augusto Santos Silva

O presente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, comentou, esta terça-feira, a disputa à liderança do Partido Socialista (PS), que decorrerá entre José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos.

Questionado pelos jornalistas sobre os "ataques" que estão a acontecer entre os dois candidatos, Santos Silva foi peremptório: "Os partidos políticos democráticos portugueses são, felizmente, forças plurais, que têm os seus debates internos, que sabem resolver nos termos dos seus estatutos e isso em nada tem prejudicado a existências desses debates e diversidade interna", referiu, durante a apresentação do livro 'Cerco ao Parlamento', da jornalista Isabel Nery, sobre as 36 horas que a Assembleia Constituinte e a Democracia foram tomadas de assalto.

"Em nada tem prejudicado os partidos democráticos portugueses. E julgo que isso continuará a ser assim", reforçou.

Os comentários surgem depois de os dois candidatos à liderança do PS já terem trocado algumas 'farpas' nos últimos dias, após serem conhecidas as respetivas candidaturas.

Pedro Nuno Santos disse que a sua candidatura a secretário-geral do PS visa "derrotar a Direita" e desafiou o seu opositor José Luís Carneiro a fazer o mesmo. "Nós estamos concentrados exclusivamente em derrotar a Direita e o PSD e é nesse cenário que trabalhamos", sublinhou, no domingo.

Em vários momentos da declaração, procurou demarcar-se neste ponto do adversário José Luís Carneiro, recordando que o atual ministro da Administração Interna já admitiu, se vier a liderar o PS, que seja viabilizado pelos socialistas um Governo do PSD caso este partido venha a ganhar, sem maioria absoluta, as eleições de 10 de março.

"Tem preferido atacar-me". PNS desafia Carneiro a "derrotar a Direita"

O socialista Pedro Nuno Santos disse hoje, em Coimbra, que a sua candidatura a secretário-geral do PS visa "derrotar a Direita" e desafiou o seu opositor José Luís Carneiro a fazer o mesmo.

Lusa | 17:45 - 19/11/2023

José Luís Carneiro não demorou a responder ao ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação e, no mesmo dia, referiu que não aceitava "lições de como combater a Direita", após o seu principal adversário ter afirmado que o atual ministro da Administração Interna tem "preferido" atacá-lo.

"Temos ainda um longo caminho para conversar entre nós porque somos camaradas e amigos, em primeiro lugar", começou por referir quando questionado sobre as críticas de Pedro Nuno Santos. "Comecei a minha política muito jovem ainda, há muito tempo, por ganhar precisamente uma Câmara ao PSD. Derrotei o PSD, derrotei na altura o CDS e tornei-me num dos mais jovens presidentes de câmara do país. Portanto, não aceito lições de como se deve combater a Direita", acrescentou.

Carneiro responde a PNS: "Não aceito lições de como combater a Direita"

O candidato à liderança do PS lembrou que começou a sua carreira política a "ganhar precisamente uma Câmara ao PSD".

Notícias ao Minuto | 18:58 - 19/11/2023

Leia Também: Miguel Fontes e Bernardo Trindade apoiam José Luís Carneiro

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