Mortágua afirma que Montenegro "despediu professores" e acusa incoerência

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou hoje que Luís Montenegro "despediu professores", numa alusão aos tempos da governação PSD/CDS-PP chefiada por Pedro Passos Coelho, e acusou-o de ser incorrente com posições que assumiu no passado.

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Lusa
16/12/2023 14:25 ‧ 16/12/2023 por Lusa

Política

Mariana Mortágua

Mariana Mortágua falava em conferência de imprensa, num hotel de Lisboa, a meio de uma reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda (BE), em resposta ao presidente do PSD, que na quinta-feira responsabilizou o conjunto da esquerda pela degradação da educação pública.

"Há um fantasma do Natal passado que parece ter visitado Luís Montenegro nestes dias, e esse fantasma veio para lhe dizer o que fez quando despediu professores, o que fez quando teve oportunidade, quando teve nas suas mãos a oportunidade de devolver o tempo de serviço aos professores", afirmou a coordenadora do BE.

Segundo Mariana Mortágua, o BE, pelo contrário, "teve uma posição coerente ao longo de todo este tempo", em que "apresentou sucessivamente propostas para recuperar o tempo de serviço dos professores, e que só não foram aprovadas porque o PSD se juntou ao PS para sistematicamente rejeitar essas propostas".

"Quero dar a garantia de que no dia 10 de março haverá uma solução para os professores e haverá a devolução do tempo de serviço aos professores, e essa devolução acontecerá pela força do BE nestas eleições", acrescentou.

A coordenadora do BE lembrou em concreto a votação de "uma proposta do BE, numa altura em que não havia maioria absoluta do PS e em que o voto do PSD poderia ter feito a diferença e poderia ter resolvido esta ilegalidade que se abateu sobre os professores e que impede a recuperação do seu tempo de serviço", em maio de 2019, posição na qual implicou também Luís Montenegro.

Nessa altura, Rui Rio liderava o PSD e Luís Montenegro não era deputado. Deixou o parlamento em abril de 2018, depois de ter sido líder parlamentar do PSD entre 2011 e 2017.

Quanto ao custo associado à devolução integral do tempo de serviço dos professores, Mariana Mortágua alegou que "não é por razões financeiras que o tempo de serviço não é devolvido aos professores, é por falta de vontade política".

Leia Também: Gémeas. Mortágua critica "números de campanha" em torno de inquérito

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