"Não deixou ninguém indiferente". Carvalhas lamenta morte de Odete Santos
Antigo líder do PCP recordou luta de Odete Santos pelas "causas mais generosas".
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Política PCP
O antigo secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Carlos Carvalhas lamentou, esta quarta-feira, a morte de Odete Santos, aos 82 anos, defendendo que a ex-deputada comunista "não deixou ninguém indiferente".
Em declarações à RTP, o antigo líder do PCP, que foi também deputado na Assembleia da República, disse que foi um "privilégio" ter estado tantas vezes ao lado de Odete Santos.
"A Odete não deixou ninguém indiferente. Independentemente do quadrante político, creio que todos a recordarão como uma mulher de frontalidade, de veemência, de combatividade, de grande alegria, de espetacularidade", disse, referindo-se à sua "intervenção política" e às "suas declamações".
"A Odete foi uma mulher de Cultura, do teatro, amava o teatro de revista", acrescentou, lembrando ainda que esta era "chamada" de "advogada dos pobres".
"A sua intervenção foi uma intervenção intensa pelas causas mais generosas até ao fim da sua vida", sublinhou.
Na ótica do antigo líder comunista, a "luta" de Odete Santos "vai continuar e a sua memoria perdurará". Para Carlos Carvalhas, a imagem da ex-dirigente comunista "deixará sementes para as gerações futuras".
A antiga deputada e dirigente comunista Odete Santos morreu aos 82 anos, segundo anunciou hoje o Secretariado do Comité Central do PCP.
Nascida em 26 de Abril de 1941, na freguesia de Pêga, concelho da Guarda, Maria Odete Santos era advogada, aderiu ao PCP em 1974 e foi deputada à Assembleia da República entre 1980 e 2007, tendo exercido também vários cargos a nível partidário e autárquico, em Setúbal.
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