Num discurso no encontro nacional do PCP, que marca o arranque para a campanha das legislativas de 10 de março, João Oliveira, que é também candidato da CDU às europeias de junho, colou três ilusões ao PS.
É uma ilusão, enumerou, que é o PS que "pode salvar o povo da política de direita e libertar o país das amarras e imposições externas", como também diz que "é uma ilusão" pensar que o voto nos socialistas dá "força à convergência para uma política de esquerda".
É ainda uma ilusão, acrescentou, pensar-se que se alcança uma "política de esquerda" fazendo "declarações de convergência com o PS vazias de conteúdo", numa referência a outras forças como o Bloco de Esquerda.
"Sim, é preciso juntar forças para uma política de esquerda, mas essas forças juntam-se reforçando a CDU", afirmou o ex-líder parlamentar dos comunistas durante o tempo da 'geringonça', o acordo parlamentar à esquerda (PCP, BE e PEV) que viabilizou um governo minoritário do PS, chefiado por António Costa.
E se recusa "o retrocesso" que diz ser o Chega e a Iniciativa Liberal, assim como o PSD e o CDS, com a "essa política desgraçada da troica, de cortes de direitos, salários e pensões", João Oliveira rejeita também "o retrocesso" que o PS representa "com a sua convergência de factp! com os partidos de direita e "com a política de direita".
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.
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