"A verdadeira sondagem é aquela que o povo nos vai dar na noite de 4 de fevereiro. Nós mantemos a nossa expectativa de reeleição de um deputado, que é um objetivo que tem de ser atingido", sublinhou Nuno Barata, deputado único da IL nos Açores, eleito em 2020.
Nuno Barata, que é cabeça de lista pelos círculos eleitorais de São Miguel e da compensação, falava à agência Lusa após uma reunião com a direção da Associação de Alojamento Local dos Açores (ALA), no âmbito da campanha eleitoral para as eleições antecipadas de domingo nos Açores.
"Constituir um grupo parlamentar é um objetivo que nós entendemos que ainda está ao nosso alcance", acrescentou Nuno Barata, quando questionado pela Lusa.
O coordenador regional da IL reiterou que o objetivo do partido é que "os açorianos se manifestem nas urnas de forma clara, livre, em sufrágio universal".
"Depois saberemos interpretar a vontade dos açorianos no dia 04 de fevereiro", acrescentou Nuno Barata.
Após a reunião com a ALA, o candidato sublinhou também a importância do turismo na região, considerando que o setor "ainda tem muito para crescer" no arquipélago açoriano.
"É uma área que para nós é extremamente importante, até por ser complementar do setor primário, do setor da agricultura e do setor das pescas", assinalou Nuno Barata, afirmando que há "algum desnorte ao nível da notoriedade do destino" e da "captação de turistas" para diminuir a sazonalidade.
O candidato apontou ainda para a "extrema burocracia" que existe no Programa Operacional Açores 2030, "principalmente ao nível da regulamentação".
"A Iniciativa Liberal tinha razão quando se absteve na votação daquele sistema de incentivos. É sempre importante que a região consiga ter um sistema de incentivos, mas ele não pode ser burocrático, não pode ser complicado, não pode ter processos difíceis até porque pode potenciar atos de corrupção", alertou o candidato liberal.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
Leia Também: IL admite governos de maioria relativa de Direita sem o Chega nas ilhas