Pedro Nuno condena "protesto" com tinta contra Luís Montenegro

O secretário-geral do PS condenou hoje o protesto com tinta verde contra o presidente do PSD, Luís Montenegro, em Lisboa, apelando a que não se repita e a que se respeite quem está a defender as suas posições.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
28/02/2024 12:31 ‧ 28/02/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Condeno qualquer protesto em contexto de campanha democrática. Nós temos de saber respeitar, isto é um momento muito importante da nossa democracia. Os partidos estão a fazer legitimamente as suas campanhas, a apresentarem os seus projetos, e nós temos de respeitar, e depois o povo português expressa a sua intenção de voto nas urnas no dia 10 de março", declarou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS falava aos jornalistas após uma visita à Startup Leiria, reagindo ao facto de Luís Montenegro ter sido hoje atingido com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde se deslocou em campanha eleitoral.

Afirmando não ter conhecimento do protesto, Pedro Nuno Santos disse lamentá-lo profundamente e pediu que não se repita, salientando que a democracia foi a "maior conquista dos últimos 50 anos" e é preciso protegê-la.

"Nós devemos defender o nosso ponto de vista sem atropelar o direito aos outros de defender as suas posições, e neste caso da Aliança Democrática (AD). Todo o respeito a quem, na AD, defende as suas propostas, mas, naquilo que nos diferencia, com a nossa crítica e o nosso combate", afirmou.

Após ter lançado tinta a Luís Montenegro, o jovem foi imediatamente afastado por um agente da PSP e o presidente do PSD reagiu com humor, dizendo: "Estou preparado para tudo".

Já o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação do PSD nas listas da AD, que acompanhava Luís Montenegro na visita, considerou tratar-se de um "ato cobarde e infantil".

Nesta visita à Startup Leiria, uma incubadora de empresas criada em 2004, Pedro Nuno Santos visitou várias bancas, tendo ouvido várias apresentações de empresários de 'start-ups', muitos deles estrangeiros, que, entre outros, desenvolvem 'software' áudio para filmes e séries de Hollywood - como a "Guerra dos Tronos" ou "Stranger Things" -, ou comida baseada em insetos.

No final, em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos voltou a defender que só se vai conseguir ter um país "que consiga pagar melhores salários, financiar o SNS" se tiver uma "economia vibrante, sofisticada", considerando que é preciso apoiar projetos como os que visitou para que a economia "seja mais diversificada, mais sofisticada".

"Esta é uma incubadora de empresas, empresas tecnológicas que fazem 'software', fazem serviços para o mundo. É com esta estratégia de desenvolvimento que nós vamos poder ter uma economia vibrante, a produzir maior valor acrescentado e a pagar melhores salários", afirmou.

De acordo com informação fornecida pelo PS, a Startup Leiria ocupa atualmente o 5.º lugar dos maiores ecossistemas de empreendedorismo em Portugal e conta com "150 projetos incubados", que criaram "mais de mil empregos e levantaram mais de 50 milhões de euros nos últimos três anos".

[Notícia atualizada às 13h39]

Leia Também: Montenegro atingido com tinta verde na Bolsa de Turismo de Lisboa

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