Mariana Mortágua fez hoje toda a descida da manifestação do Dia Internacional da Mulher, em Lisboa, e nem a chuva a fez arredar pé, tendo estado sempre a segurar uma faixa onde se podia ler "Insubmissas. Mexeu com uma, mexeu com todas".
"Eu venho, e o Bloco de Esquerda vem e participa, em todas as manifestações do 08 de março todos os anos, quer haja campanha, quer não haja. Esta presença é mais simbólica porque ela é um grito das mulheres que não aceitam nenhum retrocesso, que são a barreira contra a direita e que lutam por mais direitos", disse aos jornalistas.
Na opinião da coordenadora do BE, "esses direitos são, na verdade, o progresso de toda a sociedade", sendo "direitos iguais no salário" e "num estado social que retire o peso de todos os cuidados dos ombros das mulheres".
"As mulheres que hoje saem à rua, saem porque querem um projeto de igualdade e uma sociedade mais justa e é também às mulheres que apelamos para o voto no domingo, um voto pela liberdade, um voto pela igualdade e um voto que diz não, que não aceitamos retroceder em nenhum direito", defendeu.
Mortágua não esqueceu a direita, e que "protagonista atrás de protagonista", fazem "ameaças às mulheres", dando como exemplo a questão do "direito ao aborto que a direita quer ameaçar".
"E esse é um grito das mulheres que saem à rua para dizer que não aceitam nenhum retrocesso de direitos e, pelo contrário, há um caminho em Portugal para percorrer em nome da igualdade e estamos aqui para fazer esse caminho", disse.
Para a líder do BE, "todos os partidos que se juntam à luta pela igualdade, à luta feminista são bem-vindos".
"Lembrem-se que ela não se faz só em campanha eleitoral, que ela não se faz só no dia 08 de março, ela faz-se todos os dias", apontou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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