BE pede reuniões à Esquerda por "risco de retrocesso e ameaça a direitos"
A bloquista defendeu que "os partidos de Esquerda têm obrigação de manter abertas as portas do diálogo e de procurar convergências".
© Paulo Spranger /Global Imagens
Política Eleições
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, anunciou ter pedido reuniões ao Partido Socialista (PS), ao Partido Comunista Português (PCP), ao Livre e ao PAN, esta terça-feira, tendo em conta "o risco de um retrocesso e uma ameaça aos direitos sociais" que o crescimento da extrema-direita nas eleições legislativas representa.
"O Bloco pediu hoje reuniões ao PS, ao PCP, ao Livre e ao PAN. No atual contexto, devem ser mantidas abertas as portas do diálogo e procurar a máxima convergência na defesa do que é essencial", escreveu a bloquista, na rede social X (Twitter).
A responsável explicou, em vídeo, que a decisão surgiu perante o resultado das eleições legislativas que ditaram a vitória da Aliança Democrática (AD) e o crescimento do partido de extrema-direita Chega, que "colocam Portugal sob o risco de um retrocesso e uma ameaça aos direitos sociais".
"Os partidos do campo democrático, os partidos ecologistas, os partidos de Esquerda têm obrigação de manter abertas as portas do diálogo e de procurar convergências. Não desistimos daquilo que é essencial, não abdicamos de nada, não abdicamos da memória, não abdicamos do futuro, nem do Estado social, nem do objetivo da igualdade", assegurou.
O Bloco pediu hoje reuniões ao PS, ao PCP, ao Livre e ao PAN. No atual contexto, devem ser mantidas abertas as portas do diálogo e procurar a máxima convergência na defesa do que é essencial. pic.twitter.com/DNs9yYzdax
— mariana mortágua (@MRMortagua) March 12, 2024
Nessa linha, Mariana Mortágua esclareceu que pretende "analisar o resultado das eleições", por forma a "debater os elementos de convergência não só da oposição ao governo da Direita, mas também na construção de uma alternativa".
"Queremos também garantir que, juntas e juntos, faremos este ano as maiores manifestações da comemoração do 25 de Abril", rematou.
A AD, que junta o Partido Social Democrata (PSD), o CDS – Partido Popular e o Partido Popular Monárquico (PPM), obteve 29,49% dos votos nas eleições de 10 de março, tendo conseguido arrecadar 79 deputados na Assembleia da República. O PS, por seu turno, amealhou 77 deputados (28,66%), seguindo-se o Chega, com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados desta legislatura. Já o Livre passou de um para quatro eleitos, enquanto a CDU perdeu dois lugares, ficando com quatro deputados.
Sublinhe-se que ainda estão por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontecerá a 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, é que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitará o novo primeiro-ministro.
[Notícia atualizada às 20h48]
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