O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) e líder da Coligação Democrática Unitária (CDU), Paulo Raimundo, não prestou declarações após reunir-se com o Presidente da República, esta quinta-feira, "por solidariedade com a greve dos jornalistas".
"Senhores jornalistas, por respeito à vossa profissão e por solidariedade com a greve dos jornalistas que hoje está em curso, compreenderão que não prestarei nenhumas declarações", afirmou, no Palácio de Belém.
De recordar que o Presidente da República começou, na terça-feira, a ouvir os partidos e coligações que elegeram deputados nas eleições de domingo, um processo de auscultação que se iniciou com o partido Pessoas – Animais – Natureza (PAN), tendo-se seguido do Livre. A CDU foi a terceira força política a ser ouvida.
Amanhã, será a vez de ouvir o Bloco de Esquerda (BE) e a Iniciativa Liberal (IL). Na próxima semana, será a vez do Chega, no dia 18, Partido Socialista (PS), dia 19, e, no dia 20, a Aliança Democrática (AD), coligação que juntou o PSD, o CDS-PP e PPM.
O objetivo de Marcelo Rebelo de Sousa é ouvir todos os partidos e coligações que estarão representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar.
Falta ainda contabilizar os resultados dos dois círculos da emigração - da Europa e de Fora da Europa - que elegem cada um dois deputados, o que deve acontecer no mesmo dia em que será ouvida a AD.
De acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.
Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos - 77 do PSD e 2 do CDS-PP. O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.
[Notícia atualizada às 18h48]
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