Nuno Melo falava aos jornalistas à entrada para o 31.º Congresso do CDS-PP, que termina hoje em Viseu, e foi questionado sobre as críticas do anterior presidente dos centristas, Francisco Rodrigues dos Santos, que no sábado à noite, num espaço de comentário na CNN Portugal, admitiu desfiliar-se do partido que liderou entre 2020 e 2022, considerando que este se transformou "num clubinho privado de portas fechadas à renovação".
Melo começou por respondeu apenas que "está a ser um belíssimo congresso" e que daqui a algumas horas se vai dirigir ao país, "com um grande espírito de unidade, com o partido mobilizado" e com a "certeza que o CDS tem um grande futuro".
Perante a insistência dos jornalistas sobre as críticas de falta de renovação, o presidente do CDS-PP disse que não reagia, e acrescentou de seguida: "A grande beleza da democracia está na liberdade de opinião e eu respeito todas".
"No mais, gostava apenas de dizer que talvez haja algum equívoco. Olhando para as listas vejo muita renovação e vejo muitas mulheres, vejo até pessoas com créditos firmados na sociedade portuguesa, em todas as áreas setoriais, e por isso haverá um equívoco", respondeu.
Interrogado sobre a lista que leva a votos hoje para a sua Comissão Política Nacional, que é de continuidade, Melo respondeu que "tem vários novos nomes, mulheres, e quadros de grande qualidade" e que "foi alargada".
Já sobre o facto de estarem presentes no encerramento várias associações representativas das forças de segurança e das Forças Armadas, o atual ministro da Defesa do governo minoritário PSD/CDS-PP salientou que estas forças "são importantes em todo o país e em qualquer momento porque significam a soberania do Estado e isso não é uma questão menor".
O 31.º Congresso Nacional do CDS-PP termina hoje, em Viseu, com a escolha dos novos órgãos nacionais e a reeleição de Nuno Melo como líder, depois de a sua moção de estratégia global ter sido aprovada por unanimidade no sábado.
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, propõe manter na sua comissão política nacional todos os atuais sete vice-presidentes, entre os quais os secretários de Estado Telmo Correia e Álvaro Castello-Branco e também o líder parlamentar, Paulo Núncio.
De acordo com as listas aos órgãos nacionais afixadas hoje, Nuno Melo vai manter Álvaro Castello-Branco, Telmo Correia, Paulo Núncio, Ana Clara Birrento, Diogo Moura, João Varandas Fernandes e Maria Luísa Aldim nas vice-presidências.
Numa lista de continuidade, Pedro Morais Soares mantém-se como secretário-geral.
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