"Aconselhamos o Governo a não precipitar a votação do IRS", diz Ventura

O presidente do Chega, André Ventura, apelou hoje a PSD e CDS-PP que não precipitem a votação dos diplomas do IRS na Comissão de Orçamento e Finanças, considerando ainda ser "possível chegar a um consenso".

Notícia

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
21/05/2024 13:39 ‧ 21/05/2024 por Lusa

Política

Chega

"Entendemos que não estão ainda reunidas as condições políticas para se fechar este processo do alívio fiscal que o Governo iniciou. Aconselhamos o Governo a não precipitar a votação do IRS na Comissão de Orçamento e Finanças para garantir que é possível chegar a um consenso", defendeu.

O líder do Chega falava aos jornalistas em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

André Ventura disse que "nos últimos dias têm-se multiplicado alguns contactos em matéria da aprovação do novo regime do IRS" e apontou que "depende mais do Governo" do que do seu partido conseguir chegar a um consenso.

"Um consenso ainda é possível em matéria de alívio fiscal, mas depende de o Governo ser capaz de mudar aquilo que há muito tempo deveria ter feito, tem de ser a classe média a mais beneficiada deste alívio fiscal. Se assim for, poderão certamente contar connosco. Se assim não for, não contarão certamente connosco e a Comissão de Orçamento e Finanças e o parlamento voltará a corrigir o Governo, assim tenha de o fazer na próxima votação", alertou.

O líder do Chega manifestou disponibilidade "para encontrar soluções, mas não as soluções que vão dar mais aos mais ricos e que vão tirar a quem ganhe menos e à classe média".

"Se o Governo estiver para isso disponível, cá estaremos para trabalhar, se insistir obsessiva e arrogantemente em estabelecer prazos, em fechar metas e em fechar diálogo, certamente que da nossa parte isso não irá acontecer", indicou.

Mais tarde, em declarações aos jornalistas no parlamento, PSD e CDS-PP desafiaram PS e Chega a clarificarem já na quarta-feira posições sobre a descida do IRS e permitirem uma descida já "em julho ou agosto", deixando os "jogos partidários".

Os líderes parlamentares dos dois partidos que apoiam o Governo, Hugo Soares (PSD) e Paulo Núncio (CDS-PP), apresentaram um texto de substituição à proposta do executivo - que baixou à especialidade sem votação - e que querem ver admitido na quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças e votado em plenário na sexta-feira, na generalidade, especialidade e votação final global.

Hugo Soares defendeu que PSD e CDS-PP já foram "ao máximo do que podiam ir", dizendo que os dois partidos acolheram cinco propostas dos restantes grupos parlamentares.

Leia Também: Chega é racista? "Somos a única bancada que tem negros no Parlamento"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas