Leituras europeias do resultado na Madeira? "São realidades diferentes"

A candidata do BE às Eleições Europeias pediu uma Esquerda "determinada, forte e que vai lutar pelas liberdades de toda a gente".

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

José Miguel Pires
27/05/2024 10:56 ‧ 27/05/2024 por José Miguel Pires

Política

Eleições

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às Eleições Europeias, Catarina Martins, rejeitou tirar ilações do resultado do partido nas eleições regionais na Madeira, no domingo, para as eleições ao Parlamento Europeu. O BE, recorde-se, ficou sem representação parlamentar na Madeira.

"São realidades bastante diferentes, com condições muito diferentes", disse desde Espinho, em declarações à comunicação social, preferindo defender que "é preciso que as pessoas saibam que nas Eleições Europeias se determinam coisas fundamentais para a nossa vida".

Perante a insistência dos jornalistas, Catarina Martins reiterou que "são realidades muito diferentes, com um partido regional que teve um resultado inesperado, extraordinário" e que "as Eleições Europeias são outra coisa".

A antiga coordenadora do Bloco de Esquerda aproveitou as declarações para afirmar que, na Europa, "quem lute por uma inovação ao serviço do progresso social", ou seja, "que a Europa seja capaz de produzir os melhores medicamentos, por muito mais baixo custo".

"É preciso uma campanha que esclareça sobre os projetos e o que se quer da Europa", defendeu também, pedindo a "capacidade de compreendermos que, se há quem nos quer impor um futuro pior, como a Extrema-direita que ataca os direitos das mulheres ou como a Direita que quer deixar os programas de investimentos que são fundamentais ao nosso país", é necessária uma Esquerda de "confiança".

"É preciso ter uma Esquerda que é determinada, forte e que vai lutar pelas liberdades de toda a gente, pelos direitos das pessoas, ao mesmo tempo que vai lutar pela capacidade de investimento, pela melhor educação, pelos melhores transportes, pelo acesso à saúde", pediu, afirmando que o Bloco de Esquerda espera eleger tantos eurodeputados "quantos os eleitores decidirem".

Depois do desaire nas eleições na Madeira, em que os bloquistas se viram afastados do parlamento regional ao não conseguir eleger um único deputado, Catarina Martins optou por olhar para as eleições europeias de 9 de junho, afirmando que é necessária uma "Esquerda de confiança" na Europa, que "as pessoas sabem que é combativa todos os dias, que nunca se esquece das condições em que as pessoas".

Segundo os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD venceu as eleições de domingo na Madeira, com 36,13% dos votos (49.103 votos), alcançando 19 lugares no parlamento regional, onde cabem 47 deputados.

Em segundo lugar ficou o PS, com 11 eleitos (21,32 % dos votos, num total de 28.981), seguindo-se o JPP, com nove (16,89 % e 22.958 votos).

O Chega conquistou quatro mandatos (9,23 % e 12.541 votos), o CDS-PP dois (3,96 % e 5.384 votos), e a IL (com 2,56 % e 3.482 votos) e o PAN (1,86 % e 2.531 votos), com um deputado cada. De fora ficaram, em relação à anterior composição do parlamento madeirense, o BE e a CDU.

Leia Também: "Há uma Direita que quer retrocessos e tem de ser combatida"

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