IL diz que Chega e PCP são "mais parecidos" do que as pessoas imaginam

O cabeça de lista da Iniciativa Liberal às europeias afirmou hoje que Chega e PCP "são mais parecidos" do que as pessoas imaginam, "não sendo surpresa" que o partido de André Ventura tenha crescido onde o PCP era forte.

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Lusa
01/06/2024 21:07 ‧ 01/06/2024 por Lusa

Política

Europeias

"Vamos ver uma a uma as propostas em que o Chega e o PCP têm votado lado a lado na Assembleia da República, nomeadamente em relação no apoio a determinadas corporações, à privatização da TAP, à descida de impostos e à forma como devem ser organizadas determinadas funções do Estado e vamos encontrar muitas mais parecenças do que as pessoas imaginam", justificou João Cotrim de Figueiredo.

Durante uma visita à Festa dos Petiscos dos Pescadores em Quarteira, no concelho de Loulé, distrito de Faro, onde nas últimas legislativas venceu o Chega, o candidato liberal frisou que, devido às semelhanças entre os dois partidos, "talvez não seja surpresa que nas regiões onde o Chega mais facilmente começou por crescer foi exatamente nas zonas onde o PCP era forte".

Já esta manhã, na Feira do Livro de Lisboa, Cotrim de Figueiredo disse que os dois partidos tinham "muito em comum" optando por oferecer o mesmo livro "A Conspiração do Kremlin", da autoria de Joel C. Rosenberg, aos cabeças de lista daqueles dois partidos.

O primeiro da lista da IL considerou que não se deve desvalorizar a preocupação das pessoas que votaram no Chega quer por protesto, quer por achar que as soluções apresentadas por aquele partido são boas.

"Portanto, se as pessoas tomaram essa opção as pessoas não são deploráveis, como já foram designados noutras paragens. Essas preocupações são legítimas e devem ser encaradas", acrescentou.

Além disso, Cotrim de Figueiredo referiu que é a desilusão e a desafetação que, em qualquer sistema, mais alimenta as hostes dos partidos extremistas à esquerda e à direita.

Logo, entendeu, é importante que Portugal e a Europa sejam capazes de criar "um sistema que sirva a todos, que não deixe tantos para trás e que não deixe a sensação de que só funciona a favor de alguns".

"E, isso, consegue-se com crescimento económico, algo verdadeiramente central", vincou.

Na sua opinião, se Portugal e a Europa conseguirem fazer isso "haverá menos campo de recrutamento para esses partidos".

Leia Também: IL duvida que entrada de Schmit na campanha do PS seja um trunfo

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