"Temos um governo que o melhor que apresenta são os plágios mais ou menos rasurados do governo anterior. E o mais essencial que promete são medidas para entrar em vigor no dia de são nunca", referiu Carlos César que falava no Encontro Europa, em Guimarães, e que contou com as intervenções do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e da cabeça de lista do partido às eleições europeias, Marta Temido.
No entender do ex-líder parlamentar do PS, que hoje entrou na campanha eleitoral do partido para as europeias de domingo, o atual governo é "mais hábil a propagandear do que a governar".
"Um governo que é mais afoito a desvalorizar a oposição do que a valorizar a sua própria governação. Um governo que demite e ameaça quem lhe parece perigoso e nomeia prestimosamente quem lhe é subserviente", acrescentou.
Segundo o presidente do PS, o governo de Luís Montenegro é um governo que andaria para trás "se lhes dessem roda livre na Assembleia da República".
"Isso quer dizer que partidos da oposição, como o Partido Socialista, têm uma função não de governação na Assembleia, mas de preservação do equilíbrio e do sentido ético que a governação deve ter em Portugal, quando um governo tem uma condição minoritária na Assembleia da República", afirmou.
Carlos César considerou que o cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho, foi a escolha que sobrou "das escolhas aflitas" de Luís Montenegro, líder do PSD.
"Nada nos move pessoalmente contra os candidatos da AD ao Parlamento Europeu, que respeitamos. Nem sequer contra o seu agitado cabeça de lista, que sobrou das escolhas aflitas de Luís Montenegro", apontou.
A escolha dos candidatos do PS, disse, foi "para servir com eficiência e com dignidade Portugal e não uma escolha de última hora, aproveitando quem estava naquele momento a falar numa qualquer televisão".
Ao longo da sua intervenção, o presidente do PS contou que várias pessoas lhe têm dito que a escolha de Sebastião Bugalho não foi a mais adequada.
"Acho que a maioria sente, e são algumas pessoas do PSD que mo têm dito, que não tem o perfil apropriado à condição histórica e de representação, quer gostemos quer não, que o PSD teve sempre e desde cedo na sociedade portuguesa", alegou.
[Notícia atualizada às 21h04]
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