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Europeias. Campanha da AD com mira apontada ao PS e centrada em Bugalho

A campanha da AD para as eleições europeias teve sempre o PS como alvo dos principais ataques e foi centrada no "número um", Sebastião Bugalho, com os temas nacionais sempre presentes.

Europeias. Campanha da AD com mira apontada ao PS e centrada em Bugalho
Notícias ao Minuto

12:22 - 06/06/24 por Lusa

Política Europeias

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, que já participou três vezes na campanha e deverá estar presente também hoje e sexta-feira --, e procurou capitalizar os anúncios feitos pelo Governo nos seus primeiros dois meses, acusando a oposição de "não ter pedalada" para acompanhar o ritmo da AD.

Na campanha, discursaram ainda os dirigentes partidários e ministros Paulo Rangel, Nuno Melo, Manuel Castro Almeida e António Leitão Amaro, com um traço comum: os elogios às qualidades de Sebastião Bugalho, que dizem ter sido alvo de "ataques pessoais" da esquerda à direita.

Embora recusem assumir uma nacionalização da campanha, todos trouxeram as medidas do Governo para as europeias e Rangel pediu mesmo "um cartão vermelho" ao PS e ao Chega nas urnas devido ao "chumbo" das propostas de PSD e CDS-PP sobre a descida do IRS.

Também o cabeça de lista tem defendido que a votação de domingo deve ser um sinal de que "os portugueses não querem andar para trás", com críticas constantes aos oito anos de governação PS, não só à adversária direta, Marta Temido, mas também ao líder dos socialistas Pedro Nuno Santos.

Sebastião Bugalho tem repetido que o voto no PS é "na instabilidade e na incerteza", avisando que não se sabe o que esperar de um partido que um dia cola à AD à extrema-direita e, no outro, se alia a ela para bloquear a governação PSD/CDS-PP.

"A AD é de extrema-direita ou a AD é moderada e construiu a democracia ao lado do PS, em alternância ao lado do PS? O PS não se decide (...) Quem é que manda no PS?", questionou.

O candidato exemplifica as contradições com as atuais críticas do PS à presidente da Comissão Europeia, lembrando anteriores elogios do ex-primeiro-ministro António Costa ao mandato de Ursula Von der Leyen, que participará hoje nesta campanha.

Por oposição, questiona o apoio do PS a Nicolas Schhmit para a Comissão Europeia, dizendo que o luxemburguês é suportado por países com políticas criticadas pelos socialistas: Malta "onde o aborto é criminalizado", Dinamarca que "defende a política de Ruanda de deportação de imigrantes" ou Espanha "onde há muros físicos nas fronteiras".

No início das suas intervenções, alonga-se em agradecimentos aos dirigentes locais e nacionais, e, apesar de ser independente, já disse "sentir-se parte da família da AD", coligação que junta PSD, CDS-PP (partido pelo qual já foi candidato a deputado em 2019, não eleito) e PPM.

Nos contactos de rua e nas feiras e mercados, a notoriedade de Sebastião Bugalho como comentador televisivo tem sido uma vantagem, com muitas pessoas -- sobretudo idosos -- a quererem cumprimentá-lo (mesmo os que não lhe garantem o voto).

Habitualmente, apenas responde uma vez por dia à comunicação social, e, a meio da campanha, aconselhou um jornalista a fazer "uma pergunta fundamentada" sobre uma abordagem na rua a propósito de direitos das mulheres.

Sebastião Bugalho tem sempre o discurso final em todos os comícios -- mesmo quando Luís Montenegro está presente --, com uma parte dedicada às propostas do programa da AD ao Parlamento Europeu, como a criação de um cartão com vantagens para idosos ou a inclusão da habitação na carta dos direitos fundamentais da União Europeia.

Na campanha oficial, a AD passou por 14 distritos e deverá ir à Madeira -- o resto do território já tinha sido coberto na pré-campanha -- e, sobre metas para domingo, o candidato aponta como objetivo mínimo "manter a delegação do PPE no Parlamento Europeu", referindo-se aos sete eurodeputados do PSD e do CDS.

Como meta média, apontou ter "mais um ponto" do que a sua idade, ou seja 29%, muito acima dos menos de 22% conseguidos pelo PSD há cinco anos.

Já o seu mandatário nacional, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, elevou a fasquia ao dizer que prevê uma vitória por "uma grande, grande diferença" da AD.

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