"Hoje não foi um dia bom para o Chega"

O cabeça de lista do Chega às europeias considerou que o domingo "não foi um dia bom" para o partido, depois de ter falhado a meta de vencer as eleições, e e comprometeu-se a "representar Portugal e os portugueses".

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© Leonardo Negrão

Lusa
10/06/2024 01:05 ‧ 10/06/2024 por Lusa

Política

Europeias

Na primeira vez que o partido se apresentou a eleições europeias, o Chega elegeu dois eurodeputados, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá, falhando o objetivo estabelecido pelo presidente de ser a força política mais votada.

"Hoje não foi um dia bom para o Chega. Há perder e ganhar, ganhar e perder, estou muito habituado a isso na vida", afirmou o primeiro candidato no discurso no final da noite eleitoral, num hotel em Lisboa.

António Tânger Corrêa considerou "uma pena" o partido ter conseguido apenas dois lugares no Parlamento Europeu.

"Somos dois mas somos bons, e vamos para Bruxelas como sempre fizemos na vida, é para trabalhar, para representar Portugal, representar os portugueses", salientou.

O primeiro candidato ao Parlamento Europeu considerou que a sua lista era de "muito longe a melhor" e recusou responsabilidade por não terem sido eleitos mais eurodeputados.

"Não é da nossa responsabilidade que estes excelentes elementos da nossa lista fiquem de fora do Parlamento Europeu, e lamentamos", afirmou.

O vice-presidente do Chega agradeceu a André Ventura a escolha para cabeça de lista às europeias e disse que não aceitou "para ter um tacho, para ser promovido a qualquer coisa, para ter um futuro", indicando que tem "um passado".

Sobre os adversários, o antigo embaixador voltou a criticá-los, sustentando que nunca os viu "na cena internacional".

"Só agora veio Luís Montenegro, primeiro-ministro, dizer que afinal também trabalha pelos portugueses em Bruxelas. Até agora nunca se tinha ouvido dizer. Eu também nunca o vi na cena internacional, nem a ele, nem ao Bugalho, nem à Marta Temido, eu andei lá 40 anos e nunca os vi", apontou.

António Tânger Corrêa defendeu que "os únicos que vão fazer uma política europeia são os dois representantes do Chega".

"E aqui vos prometo que vamos para Bruxelas como o mesmo ânimo como se tivéssemos 20, 30 ou 40 anos. Nós vamos para lá com tudo, para fazer a diferença, para negociar, principalmente para representar o que Portugal precisa, os nossos agricultores, pescadores, industriais, produtores, os nossos portugueses que até agora têm sido desprezados. São esses que vãos proteger e são esse para quem nós vamos trabalhar, e vamos trabalhar com certeza", garantiu.

No final do seu discurso, o cabeça de lista não respondeu a perguntas dos jornalistas, dizendo apenas não saber o que correu mal.

[Notícia atualizada às 06h35]

Leia Também: Europeias. Com todos os votos contados, quem venceu no seu distrito?

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