"Preferia que não fosse o candidato apoiado pelo Governo português pelos motivos que expliquei várias vezes durante a campanha", afirmou João Cotrim de Figueiredo, depois de ter discursado num palco montado nas antigas oficinas do Metropolitano de Lisboa, no Lumiar, em Lisboa, que foi o quartel-general dos liberais para a noite eleitoral.
Segundo Cotrim de Figueiredo, António Costa mostrou nos oito anos de governação em Portugal não ter "qualquer vontade de mudar as coisas estruturalmente" não tendo, por isso, "o perfil ideal" para um mandado europeu onde há "tanta coisa para reformar.
O líder do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou no domingo o apoio da AD e do Governo ao seu antecessor António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu, se decidir ser candidato.
"É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso", afirmou.
Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: "Se o dr. António Costa for candidato -- e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política -- a nossa decisão está tomada".
A Iniciativa Liberal conquistou hoje 9,07% (357.790 votos) e dois eurodeputados, ficando atrás do Chega que teve 9,79% (386.147 votos).
O PS foi o partido mais votado, com 32,1% e oito eurodeputados, nas europeias de domingo, à frente da Aliança Democrática, que teve 31,1% e sete mandatos, segundo os resultados provisórios.
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