"Estamos quase no final de junho, ainda não chegámos ao final de junho, ainda há muito caminho para fazer até ao final do ano, mas, seguramente, que o país tem todas as condições para manter a boa trajetória que tem tido", afirmou António Costa, em Leiria.
O ex-chefe do executivo destacou que a semana passada a Comissão Europeia retirou Portugal, "pela primeira vez em muito tempo, da situação de qualquer desequilíbrio e sendo um dos poucos países da União Europeia onde foi considerado sem nenhum desequilíbrio macroeconómico".
"São boas notícias para o país", afiançou António Costa.
O setor das Administrações Públicas registou um défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Considerando os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP [Administrações Públicas] no primeiro trimestre de 2024 atingiu -118,9 milhões de euros, correspondendo a -0,2% do PIB, o que compara com 1,1% no período homólogo", de acordo com as "Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional" do INE.
Face ao mesmo período do ano anterior, verificou-se um aumento de 7,3% da receita e de 11,0% da despesa.
A semana passada, a Comissão Europeia congratulou Portugal por deixar de registar desequilíbrios macroeconómicos devido às melhorias da sua estrutura orçamental que levaram a um excedente "não muito frequente", mas apelou à execução do Plano de Recuperação e Resiliência.
"Felicitamos Portugal pelo seu desempenho económico em termos de resolução dos seus desequilíbrios e, de facto, a conclusão é que Portugal já não regista desequilíbrios e isso está ligado, mas não só, também a um desempenho orçamental muito forte", declarou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis.
Portugal deixou, após vários anos de avisos da Comissão Europeia e de ter chegado a registar défice excessivo, de registar desequilíbrios macroeconómicos, divulgou a Comissão Europeia no âmbito do pacote de primavera do Semestre Europeu (o quadro anual europeu de coordenação das políticas orçamentais), atribuindo a mudança à "redução das vulnerabilidades" ao nível orçamental.
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