O voto foi apresentado pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.
“Neste momento de tristeza, a Assembleia da República expressa sentidas condolências à família e amigos, recordando e agradecendo o papel de Tomás Oliveira Dias na conquista da liberdade e da democracia em Portugal, bem como a sua dedicação à causa pública”, lê-se.
O texto refere que Tomás Oliveira Dias “participou no encontro secreto na Curia, onde foram delineadas as linhas programáticas do PPD/PSD, que viria a nascer em 6 de maio de 1974”.
“Conjuntamente com Jorge Sá Borges, Artur Santos Silva, Miguel Veiga, António Leite Castro, António Barbosa de Melo, Carlos Mota Pinto, Figueiredo Dias, José Ferreira Junior, Joaquim Trindade e Carlos Vieira da Rocha, Tomás Oliveira Dias fez parte do núcleo restrito que aprovaria as linhas para um programa e a escolha de Sá Carneiro para a liderança do PPD”, acrescenta.
O voto refere também que Tomás Oliveira Dias, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi “secretário do subsecretário de Estado da Assistência (1956) e viria a ser chefe dos Serviços do Património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.
“Foi deputado na Assembleia Nacional (1969-1973) e depois do 25 de Abril deputado na Assembleia Constituinte”, lê-se no texto, que indica que “fundou a Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI), à qual presidiu durante vários anos” e “foi também presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz, que ajudou a fundar na Diocese Leiria-Fátima”.
Tomás Oliveira Dias “foi condecorado pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com a graduação de Grande Oficial da Ordem da Liberdade, pelo seu contributo pelos serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da liberdade”, refere ainda.
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