PCP diz que plano contingência não resolve acesso à saúde em Coimbra

O PCP de Coimbra considerou hoje que o plano de contingência para o Verão, recentemente anunciado, adota medidas que são mais paliativos do que respostas aos problemas de acesso à saúde na região de Coimbra.

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Lusa
28/06/2024 17:39 ‧ 28/06/2024 por Lusa

Política

Verão

A direção da organização regional de Coimbra do PCP reitera, com profunda preocupação, que a adoção destas medidas serve antes como paliativos do que como resposta aos problemas de acesso à saúde no distrito, e na região, durante o período do Verão”, destaca.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, o PCP de Coimbra refere que a escolha destas medidas “não esconde o caminho de desinvestimento e desestruturação da saúde e do SNS perpetuado pelos governos PS, PSD-CDS, agora com o apoio da Iniciativa Liberal e do Chega”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra apresentou, na quinta-feira, o plano de contingência para a resposta sazonal em saúde na época estival, que começou no dia 15 e se prolonga até 30 de setembro.

Nessa ocasião, a ULS Coimbra anunciou que vai aumentar as equipas durante o verão com a contratação de cerca de 70 profissionais, entre enfermeiros e assistentes operacionais, apostando sobretudo no “reforço da escala e das equipas de urgência de adultos, pediatria e obstetrícia”.

Outra das medidas para este verão é "a centralização da urgência noturna nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), com a suspensão da admissão de doentes entre as 20:00 e as 08:00 no Hospital Geral” (também conhecido por Hospital dos Covões, na margem esquerda do rio Mondego).

Para o PCP de Coimbra, a suspensão da admissão de doentes num contexto em que se verifica também a falta de profissionais de saúde nos serviços, “cria uma falsa manutenção dos serviços que se encontram já saturados, devido ao encerramento de serviços de saúde das áreas subjacentes aos HUC, podendo obrigar e condicionar a que os doentes se dirijam a serviços de saúde privados”.

No entender do PCP, a resposta a este problema não passa pela contratação de médicos tarefeiros ou da prestação de serviços, “mas antes sim pela contratação de médicos especialistas, enfermeiros especialistas, técnicos auxiliares de saúde e outros profissionais, pela valorização das suas carreiras, como forma de fixação de meios e profissionais”.

“Uma resposta que deve ser acompanhada pelo Governo e pelo Estado, enquanto garantia do acesso à saúde enquanto direito Constitucional”, acrescenta.

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