Extrema-direita? "É votar contra os interesses, contra França e a Europa"
A socialista Ana Gomes analisou resultados das eleições legislativas em França e explicou que é "um erro tremendo votar" no partido de extrema-direita Rassemblement National (RN).
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Política Ana Gomes
A socialista Ana Gomes analisou, no domingo, os resultados das eleições legislativas em França e explicou que é "um erro tremendo votar" no partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), que venceu a primeira volta do sufrágio com 33% dos votos dos eleitores. "É votar contra os seus próprios interesses, é votar contra a França, é votar contra a Europa", afirmou.
No espaço de comentário na SIC Notícias, Ana Gomes considera que "ainda é possível impedir" a vitória do Rassemblement National e explicou que "a única salvação para Macron é dar a indicação aos candidatos do seu partido para desistirem, nos sítios onde têm menos probabilidade de ganhar".
A comentadora reforçou ainda a importância de a coligação de esquerda Nova Frente Popular escolher um candidato consensual para ser primeiro-ministro, descartando Jean-Luc Mélenchon. "Mélenchon é uma Le Pen de calças, é um tipo vendido a interesses", garantiu.
"A França está numa situação terrível, não só no plano político, como estamos a ver, mas também no plano económico", disse Ana Gomes.
A socialista abordou ainda o debate entre Donald Trump e Joe Biden, tendo-o considerado "absolutamente penoso". "Estou de acordo com os apelos que jornais, como o New York Times e o The Washnigton Post, estão a fazer para que o Partido Democrata substitua e que o próprio presidente Biden admita que não está na sua melhor forma", afirmou.
Ana Gomes comentou ainda as declarações de Aníbal Cavaco Silva, que falou da necessidade de se obter uma maioria absoluta ou um consenso no Parlamento. "Se o objetivo do ex-Presidente Cavaco Silva era propor eleições, como forma de resolver as fragilidades que ele vê no Governo, não é isso de maneira nenhuma o que país quer".
A socialista reiterou a importância de Governo negociar devido à sua "posição fraca na Parlamento".
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