O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, comentou, esta terça-feira, o acordo assinado entre o Governo e as forças de segurança sobre a atribuição de um suplemento de risco, salientando que "mais célere era quase impossível".

"Eu creio que, em 100 dias, que é o tempo que este Governo tem, ter chegado a acordo com os sindicatos mais representativos das forças de segurança é um caso de sucesso para o país", afirmou, em declarações na SIC Notícias.

Hugo Soares recordou que a Aliança Democrática (AD), comprometeu-se "em campanha eleitoral em que, em ato contínuo a uma vitória nas eleições legislativas - que se veio a verificar", se iniciaria "uma negociação com as forças e os serviços de segurança" e que tentaria chegar a um acordo "o mais rápido possível".

"É o acordo possível e é o acordo que os sindicatos mais representativos e as associações profissionais mais representativas assinaram. Apesar do protesto, que é normal, e desse discurso de representantes sindicais, não deixaram de assinar um acordo que sabem que é um acordo que respeita e muito as forças e serviços de segurança", acrescentou ainda. 

Hugo Soares frisou também que "o Governo, não só não falhou, como, em 100 dias, está mesmo a resolver a vida dos portugueses e das portuguesas".

Recorde-se que o Governo chegou a acordo, esta terça-feira, com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre a atribuição de um suplemento de risco, que se traduz num aumento faseado de 300 euros até 2026.

Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo estabelecido prevê também, segundo as estruturas sindicais, revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.

Este aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Os sindicatos da PSP que assinaram o acordo são o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e Sindicato Nacional da Carreira de Chefes (SNCC), enquanto as associações da GNR são a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG).

Segundo a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, este "foi o maior aumento na história da democracia portuguesa às forças de segurança". "É um aumento histórico", frisou ainda.

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