"Parece evidente: Por enquanto, Governo não tem ministro das Finanças"

O antigo presidente da Assembleia da República disse não ter "nenhuma preocupação particularmente grave" pelos dados publicados sobre o crescimento económico, a balança comercial e a inflação em Portugal.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

José Miguel Pires
01/08/2024 08:26 ‧ 01/08/2024 por José Miguel Pires

Política

Augusto Santos Silva

O antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva criticou o Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP), considerando que "continuamos muito longe das fantasiosas taxas de crescimento" referidas pelo Executivo durante a campanha eleitoral.

 

"Os dados publicados, ontem e hoje, sobre o crescimento, a balança comercial e a inflação, não me suscitam nenhuma preocupação particularmente grave", começou por explicar, nas redes sociais, na quarta-feira.

Na mesma mensagem, Santos Silva considerou que a situação económica "continua bastante razoável, embora se notem sinais de abrandamento", mas "o facto é que continuamos muito longe das fantasiosas taxas de crescimento com que a AD procurou justificar, na sua campanha e programa, as mil e uma promessas a distintos grupos socioprofissionais, indo todas no sentido de diminuir a receita e/ou aumentar a despesa permanente do Estado".

"Não sabemos se a evolução destes compromissos orçamentais está a ser devidamente acompanhada, designadamente no Ministério das Finanças, e comparada com a evolução dos indicadores económicos", criticou, deixando um forte ataque em jeito de conclusão: "Mas uma coisa parece evidente: por enquanto, este Governo não tem ministro das Finanças".

Na quarta-feira, recorde-se, o Instituto Nacional de Estatística revelou, na sua estimativa rápida, que a inflação em Portugal abrandou para 2,5% durante o mês de julho, um valor mais baixo que os 2,8% registados em junho.

Leia Também: Taxa de inflação abranda em julho para 2,5%

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