O presidente do Chega, André Ventura, preferiu afastar-se de uma eventual candidatura nas eleições presidenciais de 2026, na noite de quinta-feira, mas não 'fechou a porta' à possibilidade.
"Já fui candidato. Foi uma boa votação, contra uma candidata socialista [Ana Gomes] que tinha muito mais percurso político àquela altura. Não fechamos ainda a questão das presidenciais de 2026. Estou focado em liderar o partido rumo a uma vitória nas próximas eleições legislativas", disse André Ventura, na SIC Notícias.
O líder do Chega deixou, porém, uma promessa: "Tudo faremos para evitar que um candidato da área do Partido Socialista (PS) vença as eleições presidenciais".
Tal significa que "o Chega pode vir a ter um candidato próprio, seja o seu presidente, ou não" e "pode apoiar outro candidato que seja forte".
Se o candidato do Centro-Direita for "um candidato que não tem nenhuma hipótese de vencer" - e aqui Ventura optou por nomear o comentador político e antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) Luís Marques Mendes -, corre-se "o risco de um candidato do PS vencer as eleições presidenciais, e aí o Chega tomará a sua posição".
"Se me disser que é preciso candidatar-me para evitar que um candidato do PS ganhe, aí eu não tenho dúvida. O que esperaria é que houvesse um candidato suficientemente forte e apartidário para galvanizar o país para uma vitória", acrescentou Ventura.
O líder do Chega foi ainda questionado sobre se apoiaria uma eventual candidatura do antigo primeiro-ministro social-democrata Pedro Passos Coelho, ao que Ventura respondeu apenas: "Está tudo em aberto, é um cenário ainda longínquo".
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