"Sinceramente, depois de ouvir Miguel Albuquerque dizer este domingo que 'reitera que combate ao fogo na Madeira foi correto e [que] não fará mudanças no executivo', acho que está a cometer suicídio político e a imolar-se.
Eu nada tenho contra Miguel Albuquerque, mas irrita-me a forma como fala para os jornalistas. Trabalhar com uma pessoa assim deve ser intragável.
A ideia que passa de Albuquerque é de constante altivez e presunção.
Depois de tudo que se passou, não consegue fazer 'mea culpa' e continua com sobranceria e insolência. Enfim! Um caso de patologia política suicidária, que reage mal quando é contrariado e questionado.
O povo tem razão quando diz: o pior cego é aquele que não quer ver.
Miguel Albuquerque não quer ver a verdade, ou que esteve na sua frente um incêndio que deixa marcas durante longos anos, que é preciso no futuro prevenir, antecipar e articular meios de combate a incêndios. E, o mais importante, agora, fazer uma avaliação para apurar o que falhou.
Orgulhosamente, só! Pensa que não precisa de ninguém, que é o maior e no incêndio tudo correu bem, não se podia ter feito de outro modo.
Miguel Albuquerque é desconcertante. Ignorou e fingiu não ver os problemas ou dificuldades do incêndio.
Miguel Albuquerque continua igual a si próprio - nega a evidência.
Se houvesse algum pudor, decoro e vergonha, todos os responsáveis na gestão do combate ao incêndio, a começar por Miguel Albuquerque e o secretário que tutela a Proteção Civil Pedro Ramos, deviam demitir-se.
Mas, como neste país nunca há culpados e responsáveis. Por vezes, escreve-se direito por linhas tortas.
Se continuar nesta senda, como tem um governo minoritário pode ser derrubado.
O resultado deste incêndio pode ser mesmo a queda de Albuquerque e prejudica o PSD Madeira e o PSD Nacional."
Leia Também: Madeira. Representante da República diz que resultados "foram ótimos"