O Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS) pediu, "com caráter de urgência", a audição da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, na sequência do assalto ao edifício da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Em causa está um assalto, ocorrido na madrugada da passada quarta-feira, 28 de agosto, do qual "resultou no furto de vários equipamentos informáticos, incluindo computadores de chefias daquele organismo", lembra o GPPS em comunicado enviado às redações.
Para os deputados socialistas, trata-se de "uma falha de segurança grave, que levanta questões sérias sobre a proteção da informação sensível contida nos computadores furtados e a possível violação de dados pessoais de cidadãos".
"É essencial compreender as circunstâncias que permitiram a intrusão, bem como as medidas que estão a ser tomadas para apurar responsabilidades e garantir a segurança futura dos dados e das pessoas eventualmente lesadas", acrescenta a nota.
Assim, os deputados consideram "fundamental" que a ministra "preste esclarecimentos ao Parlamento", nomeadamente "sobre a natureza da informação furtada, as ações de apuramento de responsabilidades em curso, e as medidas implementadas para mitigar as consequências deste incidente".
O PS anunciou, na sexta-feira, a intenção de requerer a audição parlamentar da ministra da Administração Interna para explicar a "situação misteriosa" do assalto.
À margem da Academia Socialista, que decorre em Tomar, Santarém, o dirigente e deputado do PS Pedro Vaz considerou estar em causa "o desaparecimento de computadores de altos dirigentes da administração interna, cuja informação que continham é desconhecida e em contornos absolutamente misteriosos".
O Ministério da Administração Interna confirmou na quinta-feira que o edifício da Secretaria-Geral foi assaltado na madrugada de quarta-feira e que os intrusos escalaram um prédio contíguo, que se encontra com andaimes montados.
Em comunicado, tutela disse que foram furtados "alguns computadores", embora tenha ressalvado que "alguns deles ainda não tinham tido uso, já que são de reserva/substituição".
Na mesma nota, é referido que a intrusão no edifício da Secretaria-Geral do MAI, na Rua de São Mamede, em Lisboa, ocorreu "na madrugada de dia 28 de agosto" (quarta-feira) e que tal "só terá sido possível através do escalamento de um prédio contíguo, que se encontra a ser intervencionado".
A notícia do assalto foi avançada pelo Observador, que deu conta de que foram levados vários computadores, dois dos quais de chefias da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, e que as câmaras de vigilância não estavam a funcionar.
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