Privatização da TAP? "Foi uma pura birra ideológica de Passos Coelho"

Miguel Sousa Tavares considerou "um erro" a privatização e afirmou que os portugueses são "perseguidos" por histórias da companhia aérea há 30 anos.

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/09/2024 07:56 ‧ 06/09/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Miguel Sousa Tavares

O comentador político Miguel Sousa Tavares comentou, na noite de quinta-feira, o relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) sobre a privatização da TAP, considerando que os portugueses "são perseguidos" por histórias da companhia aérea "há 30 anos".

 

"Há 30 anos que somos perseguidos pelas histórias da TAP e há 30 anos que não deixamos de meter dinheiro na TAP sem nunca vermos um voo estável da companhia aérea de bandeira portuguesa", começou por dizer Sousa Tavares no seu espaço de comentário na rubrica '5.ª Coluna', na TVI.

O comentador considerou "um erro" a privatização da TAP em 2015 - que está agora sub suspeita - pelo governo de Passos Coelho.

Essa privatização, segundo Miguel Sousa Tavares, foi feita "à 25.ª hora" por "um governo que estava em gestão".

"O Governo tinha perdido as eleições e já sabia que ia ser sucedido por um governo que era contra a privatização. Foi uma pura birra ideológica de Pedro Passos Coelho e do seu governo", atira o comentador.

De recordar que o inquérito em causa foi aberto em fevereiro de 2023 e resultou da participação efetuada por Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, então ministros das Finanças e das Infraestruturas e Habitação, respetivamente. Em meados de outubro de 2022, Pedro Nuno Santos revelou que a administração da TAP tinha pedido uma auditoria por suspeitar estar a pagar mais pelos aviões do que os concorrentes e que o Governo encaminhou as conclusões para o Ministério Público.

O departamento do Ministério Público responsável pela investigação à criminalidade organizada mais grave, complexa e sofisticada investiga alegadas suspeitas de corrupção na compra de aviões da TAP pelas anteriores administrações da empresa.

O relatório da IGF conhecido esta semana sobre a TAP refere que a Atlantic Gateway, consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, adquiriu 61% do capital da TAP, SGPS, "comprometendo-se a proceder à sua capitalização através de prestações suplementares de capital, das quais 226,75 milhões de dólares americanos (MUSD) foram efetuadas através da sócia DGN Corporation (DGN) com fundos obtidos da Airbus".

Aquele montante de capitalização, acrescenta, "coincide com o valor da penalização (226,75 MUSD) assumida pela TAP, SA, em caso de incumprimento dos acordos de aquisição das 53 aeronaves (A320 e A330), o que evidencia uma possível relação de causalidade entre a aquisição das ações e a capitalização da TAP, SGPS e os contratos celebrados entre a TAP, SA e a Airbus".

Leia Também: TAP será "mais pequena" no futuro caso seja adquirida pela Lufthansa

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