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Sem "políticas substanciais" e com "visão do PSD". Os partidos e o OE2025

O OE2025 tem de ser entregue no Parlamento até 10 de outubro e os partidos que apoiam o Governo - PSD e CDS-PP - somam 80 deputados e são insuficientes para garantir a aprovação do documento.

Sem "políticas substanciais" e com "visão do PSD". Os partidos e o OE2025
Notícias ao Minuto

19:19 - 10/09/24 por Daniela Carrilho com Lusa

Política OE2025

A segunda ronda de reuniões entre Governo e partidos da oposição com assento parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) começou esta terça-feira, dia 10 de setembro, e parece não haver boas notícias para o Governo.

 

Do lado do Executivo, estiveram presentes o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Representantes de PS, IL, BE, PCP, Livre e PAN falaram aos jornalistas no Parlamento, após terem participado nesta ronda negocial.

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, assegurou que os socialistas estão "totalmente disponíveis" para continuar a negociar o OE no "calendário e no formato" que o Executivo entender após analisar toda a informação que receberam, ficando "muito em breve disponíveis para continuar as negociações com o Governo".

"Estamos totalmente disponíveis para continuar a negociar", assegurou Leitão, considerando que a reunião com o Governo decorreu de forma "cordata e cordial".

OE?

OE? "Estamos totalmente disponíveis para continuar a negociar", diz PS

A líder parlamentar do PS assegurou hoje que os socialistas estão "totalmente disponíveis" para continuar a negociar o Orçamento do Estado no "calendário e no formato" que o Governo entender após analisar toda a informação que receberam.

Lusa | 17:32 - 10/09/2024

O deputado  Bernardo Blanco, da Iniciativa Liberal, avisou que o partido votará contra o Orçamento do Estado se for "desvirtuado" pelo PS, mas admitiu viabilizá-lo consoante as medidas que vir aprovadas e a redução de carga fiscal prevista.

"Se o Governo ceder nestas descidas de impostos, em contrapartida por uma mão de Pedro Nuno Santos, nós não poderemos acompanhar, porque não achamos que se possa vender os princípios e os valores que foram prometidos aos portugueses por uma viabilização do lado do PS", afirmou o deputado liberal, salientando que "o país votou por uma mudança" e, por isso, a IL não vai "apoiar um Orçamento que seja completamente desvirtuado e que tenha medidas do PS".

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OE. IL avisa que votará contra documento que seja "desvirtuado" pelo PS

A IL avisou hoje que votará contra o Orçamento do Estado se for "desvirtuado" pelo PS, designadamente na descida do IRC, mas admitiu viabilizá-lo consoante as medidas que vir aprovadas e a redução de carga fiscal prevista.

Lusa | 17:10 - 10/09/2024

Por sua vez, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua afirmou, esta terça-feira, que o Orçamento do Estado para 2025 "reflete um programa político" e uma "visão que o PSD tem para o país", que não é compatível com o seu partido e, por isso, "não há qualquer expectativa de viabilização"

"Não há novidade para ninguém, nem para o Governo, sobre o que nos distancia na preparação deste Orçamento do Estado. Este Orçamento reflete um programa político, um programa de Governo, um programa ideológico do PSD. Essa visão é muito distante da do Bloco de Esquerda. Por isso, não há qualquer expectativa de viabilização", afirmou Mortágua.

"Visão do PSD". BE sem "qualquer expectativa de viabilização" do OE

A coordenadora bloquista considerou que a "visão" do PSD "é muito distante da do Bloco de Esquerda".

Notícias ao Minuto com Lusa | 15:32 - 10/09/2024

Já o porta-voz do Livre, Rui Tavares, acusou o Governo de não ter dado qualquer passo em termos de "políticas substanciais" sobre o Orçamento do Estado, considerando que parece não ter disponibilidade para negociar medidas sociais ou ecológicas.

Rui Tavares recordou que o Governo "está a 30 e tal deputados de aprovar o Orçamento" e, portanto, "terá de os procurar nas negociações com os partidos que tenham esse número" de representantes no Parlamento.

"Políticas" sobre OE? Livre acusa Governo de não ter dado "nenhum passo"

O porta-voz do Livre Rui Tavares acusou hoje o Governo de não ter dado qualquer passo em termos de "políticas substanciais" sobre o Orçamento do Estado, considerando que parece não ter disponibilidade para negociar medidas sociais ou ecológicas.

Lusa | 13:18 - 10/09/2024

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, avançou que o Governo prevê um excedente orçamental de 500 milhões de euros e um crescimento económico entre 2 e 3%, - números que considerou serem "tímidos".

Assim, não havendo perspetiva de défice orçamental, há "possibilidade de acomodar medidas" apresentadas pelo partido tendo em vista a proteção animal e transição energética em matéria ambiental.

"Caberá agora ao Governo disponibilizar-se se aproximar também desta visão de progresso da sociedade e não deixar cair políticas que até aqui custaram muito, deram muito trabalho a conquistar. Neste momento, há disponibilidade para o diálogo e para perceber que medidas é que podem ou não ser acolhidas no orçamento", acrescentou.

PAN anuncia que Governo prevê excedente de 500 milhões

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O Executivo prevê um excedente orçamental de 500 milhões de euros e um crescimento económico entre 2 e 3%, disse hoje a deputada do PAN, no final da reunião com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025.

Lusa | 12:22 - 10/09/2024

Já o PCP, pela voz da deputada Paula Santos, voltou a colocar-se fora de "qualquer negociação" no âmbito do próximo OE2025 e prometeu um combate às opções políticas do Governo.

"Não temos qualquer negociação com o Governo", disse a comunista, reiterando que as prioridades do Governo "são contrárias" às identificadas pelo partido e destacou a necessidade de ser encetada uma "valorização efetiva dos salários e das pensões", em vez de se reduzir o IRS que, disse, só "favorece sobretudo os grupos económicos".

PCP recusa negociar com Governo e promete combate às opções políticas na AR

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O PCP voltou hoje a colocar-se fora de "qualquer negociação" no âmbito do próximo Orçamento do Estado para 2025 e prometeu um combate no parlamento às opções políticas do Governo.

Lusa | 13:45 - 10/09/2024

No final das reuniões de hoje, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, disse que o Governo vai aguardar que o PS apresente, nos próximos dias, as suas propostas para o próximo Orçamento do Estado para "perceber como vai continuar o processo negocial".

"Eu diria que, nesta altura, a bola está do lado do PS, vamos dar espaço para o PS apresentar as suas medidas. Acertámos que haverá um contacto até ao final da semana para, a partir daí, perceber como vamos continuar este processo negocial", afirmou o governante, destacando que não haverá nova ronda de negociações com os partidos porque já foi recolhida "muita informação".

Negociações do OE? Governo diz que

Negociações do OE? Governo diz que "a bola está do lado do PS"

O ministro dos Assuntos Parlamentares disse hoje que o Governo vai aguardar que o PS apresente, nos próximos dias, as suas propostas para o próximo Orçamento do Estado para "perceber como vai continuar o processo negocial".

Lusa | 17:49 - 10/09/2024

Entretanto, o Chega será recebido pelo Governo pelas 9h00 de quarta-feira, uma vez que o partido está hoje a terminar jornadas parlamentares em Castelo Branco, numa delegação sem o presidente André Ventura, que insiste que o partido está fora das negociações do próximo OE.

Ventura considerou que o voto contra a proposta orçamental "é irrevogável" se houver "entendimento entre o Governo e o PS".

"Se o Governo nos disser assim 'esta reunião serve única e exclusivamente para negociar a viabilização do orçamento de Estado', então o Chega não vai estar presente. Agora, se o Governo nos disser, como nos disse, que vai apresentar novos dados para compreendermos o cenário macroeconómico, para podermos tomar decisões sobre o cenário macroeconómico, isso certamente que estaremos", sustentou.

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O presidente do Chega, André Ventura, disse hoje que o voto contra à proposta de Orçamento do Estado para o próximo "é irrevogável", mas admitiu participar em futuras reuniões com o Governo em torno do documento.

 Lusa | 12:19 - 10/09/2024

Recorde-se que o OE2025 terá de ser entregue no Parlamento até 10 de outubro e os partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, somam 80 deputados e são insuficientes para garantir a aprovação do documento.

Leia Também: OE2025 novamente em cima da mesa. Quais são as posições dos partidos?

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