Líder da IL defende remodelação de aliança europeia de liberais

O presidente da Iniciativa Liberal defendeu hoje a necessidade de remodelar a Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (ALDE), que reúne os partidos liberais europeus, admitindo que o partido está a perder terreno para os movimentos extremistas.

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© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Lusa
05/10/2024 13:34 ‧ 05/10/2024 por Lusa

Política

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"Temos de enfrentar os desafios que o nosso movimento enfrenta em toda a Europa. O nosso movimento está a perder terreno", afirmou Rui Rocha numa intervenção feita na sessão de abertura do congresso da ALDE, que decorre até domingo no Centro de Congressos do Estoril, em Cascais.

 

Referindo que o resultado das últimas eleições europeias mostrou que "as forças populistas da extrema-direita e da extrema-esquerda prosperam", Rui Rocha reconheceu que alguns membros da aliança estão a sucumbir à desilusão.

"Este congresso diz muito. Onde está a maioria dos nossos líderes?", questionou, apontando a ausência de vários dos representantes máximos dos partidos europeus que fazem parte da ALDE.

"A ausência dos mesmos [dos líderes] não é um conflito de agenda. É uma declaração de desilusão, de perda de fé", disse, reforçando que se tornou essencial levar a cabo uma transformação.

"Precisamos de uma liderança ousada e corajosa, pronta para conduzir isto para uma nova era", considerou, acrescentando que isso "requer uma ação deliberada, uma visão estratégica e um compromisso inabalável com a excelência. Devemos construir um partido que valorize o mérito, recompense a competência e apresente resultados".

Para o líder da Iniciativa Liberal (IL), "não se trata apenas de reformar um partido, [mas de] remodelar uma visão", lembrando que Europa que precisa dos "campeões da liberdade".

O que, sublinhou, é ainda mais importante numa altura em que os princípios liberais estão ameaçados na Europa.

"Por causa da política de identidade, evitamos temas-chave, deixando-os aos extremos. Ficamos com medo tanto da esquerda como da direita e evitamos discutir a segurança, a liberdade de expressão e a imigração", adiantou.

"O resultado é que, hoje, os moderados não se encontram em lado nenhum. Hoje ou abolimos as fronteiras ou construímos fortalezas", acrescentou, referindo que "o controlo estatal está a ser reforçado em todos os aspetos da vida, desde as fronteiras ao comércio, à economia e aos meios de comunicação social".

Sublinhando que "será necessário criatividade, empenho e coragem para abraçar novas ideias", o líder da IL defendeu ser necessário "voltar aos valores que uniram a Europa", com "sociedades livres e mercados abertos".

O congresso da ALDE começou na sexta-feira no Estoril e junta mais de 500 liberais de toda a Europa para eleger o próximo presidente e vice-presidentes.

Leia Também: "Difícil distinguir" AD e PS. Pedro Nuno deverá viabilizar proposta do OE

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