PS a viabilizar OE "não surpreende" Chega. "Típico orçamento socialista"

Para o líder do Chega, o Orçamento do Estado "estava a ser construído à Esquerda" e dava "continuidade àquilo que o PS tinha feito".

Notícia

© Getty

Márcia Guímaro Rodrigues
18/10/2024 12:09 ‧ 18/10/2024 por Márcia Guímaro Rodrigues

Política

OE2025

O líder do Chega, André Ventura, reagiu, esta sexta-feira, ao anúncio do secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, que decidiu propor aos socialistas a viabilização do Orçamento do Estado (OE) para 2025. Para Ventura, a decisão mostra que "PS e PSD estavam a construir uma governação conjunta".

 

"O que assistimos ontem por parte do secretário-geral do Partido Socialista, ao anunciar a viabilização do Orçamento do Estado para 2025, não é mais do que o corolário que nós identificamos rapidamente e que ficou compreensível para o país de que PS e PSD estavam a construir uma governação conjunta", começou por referir em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.

Para o líder do Chega, o OE "estava a ser construído à Esquerda" e dava "continuidade àquilo que o PS tinha feito". "Por isso, não nos surpreende que seja o Partido Socialista a assumir o encargo da governação, a suportar o Governo e a permitir este Orçamento de bloco central", atirou.

André Ventura referiu que, "desde muito cedo, ficou claro que este Orçamento iria dar com uma mão e tirar com a outra". "Um típico orçamento socialista: que anunciava estar a dar alguma coisa, mas estava a retirar com a mesma velocidade que anunciava que estava a dar", acrescentou.

Ventura defendeu também que o processo negocial tem a vantagem de clarificar "quem fica a sustentar o Governo e quem fica a liderar a oposição".

"O homem que queria unir as esquerdas acaba a viabilizar o orçamento do PSD e do CDS. Ficou, ao menos, claro quem sustenta a governação, como no caso da geringonça, e quem ficará a liderar essa oposição, que é o caso do Chega", referiu.

Sublinhe-se que Pedro Nuno Santos revelou que decidiu "propor à Comissão Política Nacional do PS a viabilização do Orçamento do Estado para 2025", mas alertou que o Governo "está isolado" e "absolutamente dependente do maior partido da oposição".

De acordo com o líder do PS, há dois aspetos que não se podem ignorar, o primeiro dos quais "que passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas" e "um eventual chumbo do Orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável".

Leia Também: Assis diz que Pedro Nuno mostrou "coragem de líder e ponderação de estadista"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas