Sábado, a proposta de composição do novo Comité Central do PCP foi aprovada pelos delegados ao Congresso do partido com 98,6% dos votos, contando com 959 votos a favor, seis contra e oito abstenções.
Após esta eleição, o novo Comité Central - uma direção com menos membros, mais jovem e com mais mulheres do que a anterior - reuniu-se à porta fechada, para debater e eleger os seus órgãos executivos: Comissão Política e Secretariado.
Os resultados dessa eleição e a composição dos dois órgãos só serão contudo divulgados esta manhã, logo no início dos trabalhos do último dia do 22.º Congresso do PCP, às 09:30, estando previsto o encerramento da reunião magna comunista para as 13:30, com um discurso do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
Sexta-feira, no discurso de abertura do Congresso, Paulo Raimundo acusou o PS de cumplicidade com o Governo - avisando que, no atual momento nacional, "não se pode ficar em cima do muro" -, e considerou que está em curso uma "ofensiva anticomunista e uma campanha de desinformação à escala global".
O secretário-geral do PCP apelou ainda a um "alargamento da convergência de democratas e patriotas" para romper com políticas de direita e reconheceu que o partido enfrentou nos últimos quatro anos "um quadro muito exigente".
"Precisamos de recrutar mais, recebendo e integrando aqueles que se dirigem ao partido, mas acima de tudo precisamos de tomar a iniciativa para contactar, mobilizar e convidar para ingressarem no partido", disse.
No 22.º Congresso do PCP, estão presentes 1.012 delegados, a maioria dos quais homens (63,1%), e com uma idade média de 49 anos, segundo indicou este sábado Vera Furão, da comissão de verificação de mandatos.
De acordo com a composição etária indicada por Vera Furão, 38% dos delegados ao Congresso têm entre 31 e 50 anos, 22% têm entre 51 e 64 anos e 24% têm mais de 64 anos. Os delegados até 30 anos representam 15% do total.
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