O congresso decorre na Casa das Mudas, na Calheta, na zona oeste da Madeira, indicando o programa que, no sábado, acontece a eleição do novo secretário-geral, além do presidente do partido, comissão política nacional, comissão de jurisdição, e comissão de fiscalização económica e financeira.
"Estamos prontos. Este é o momento" é o lema desta reunião magna do JPP, que tem como presidente Lina Pereira.
O JPP é um partido que tem a sua génese num movimento de cidadãos que surgiu na freguesia de Gaula, no concelho de Santa Cruz, em 2008, e, no ano seguinte, conseguiu retirar pela primeira vez a maioria absoluta que o PSD sempre detivera neste concelho.
Liderado por Filipe Sousa, nas autárquicas de 2013, o JPP conquistou todas as cinco juntas de freguesia do município.
Em 27 de janeiro de 2015 este movimento de cidadãos "evoluiu" e tornou-se no 21.º partido político nacional inscrito no Tribunal Constitucional e na primeira vez que concorreu a umas eleições legislativas regionais, em 01 outubro de 2017, conseguiu eleger um grupo parlamentar composto por cinco deputados.
Perdeu um deputado nas regionais seguintes (2019), que veio a recuperar em 2023, ano em que alcançou também a terceira maioria absoluta na Câmara Municipal de Santa Cruz, ganhando também em todas as cinco freguesias.
Nas eleições antecipadas 26 de maio de 2024, o JPP reforçou a sua posição na Assembleia Legislativa da Madeira ao eleger nove deputados.
Na sequência da crise política que surgiu na Madeira depois de Miguel Albuquerque ter pedido a demissão após a investigação judicial em que foi constituído arguido, em janeiro de 2023, o JPP aceitou a uma aliança proposta pelo PS para tentar afastar o PSD da governação.
O projeto não teve sucesso porque estes dois partidos juntos tinham apenas 20 deputados, sendo necessário 24 para assegurar uma maioria absoluta.
A Assembleia Legislativa da Madeira é constituída por 47 deputados, sendo 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e outro do PAN.
O JPP é um partido que tem apostado num papel fiscalizador à atuação do Governo Regional e tem denunciado várias situações junto das instâncias judiciais.
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