Medina considera Vitorino "português mais bem preparado" para Presidente

O antigo responsável pela pasta das Finanças Fernando Medina falou das suas preferências para a Presidência e, no âmbito do processo Tutti Frutti, considerou que a justiça foi lenta.

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Notícias ao Minuto
13/02/2025 08:34 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Política

Presidenciais

O antigo ministro das Finanças Fernando Medina considerou que António Vitorino é quem deveria avançar na corrida a Belém, numa altura em que o Partido Socialista (PS) ainda não decidiu quem será o candidato presidencial que vai apoiar.

 

"António Vitorino é dos portugueses, se não mesmo o português, mais bem preparado para o exercício das funções presidenciais. Não tenho dúvidas a esse respeito. E, por isso, havendo essa possibilidade de ele aceitar esse desafio, espero que o aceite", disse, quando questionado sobre o assunto, durante uma entrevista conjunta à Rádio Renascença e ao Público.

Na mesma entrevista, Medina considera que "Vitorino tem o perfil perfeitamente adequado para ser um construtor de pontes e de soluções num país que tem hoje, e vai viver nos próximos anos, uma situação política que dificilmente terá condições de estabilidade muito efetivas, que tem desafios muito complexos, como o fim do multilateralismo como modelo de organização à escala mundial". Mas se os elogios são deixados ao antigo comissário europeu, Medina mostra-se insatisfeito com uma eventual candidatura do almirante Gouveia e Melo. "Neste quadro, vejo com sérias dificuldades como é que um perfil como o de Gouveia e Melo se encaixa porque eu acho que não encaixa", apontou.

Se, por um lado, Medina defende que Vitorino tem tudo para ser um "muito bom Presidente da República no quadro nacional e internacional" e aquilo que Medina considera "mais ajustado ao desempenho da função presidencial", estas qualidades existem na "precisa contraposição com aquilo que representa Gouveia e Melo".

"Gouveia e Melo é alguém que é formado durante muitas décadas numa escola de comando e controle, num meio de decisão e execução. A ideia que paira sobre o conjunto da sua candidatura é a de alguém que irá, de certa forma, pôr a casa na ordem. Ora, todo esse perfil e essas características são exatamente o oposto daquilo que a Constituição define relativamente ao exercício do cargo de Presidente da República", defendeu.

O também antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) referiu que também o antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva seria uma boa opção. Para além do "respeito" e "admiração" que sublinhou ter por Santos Silva, Medina apontou: "É uma pessoa que tem também as qualidades absolutamente essenciais para o exercício da função".

Já quanto a António José Seguro, um dos nomes socialistas mais falados para a entrada nas Presidenciais de 2026, Medina preferiu não falar, remetendo o assunto para uma altura em que haja um "quadro mais definido relativamente a candidaturas". Até lá, o antigo autarca "não quer especular" acerca da situação, nomeadamente, numa altura em que o PS ainda não avançou com um apoio.

O antigo autarca falou ainda da operação Tutti Frutti, no âmbito da qual foi ilibado a semana passada.

Questionado sobre o assunto, Medina classificou que o tempo que a investigação demorou foi "manifestamente excessivo face à complexidade do que estava a ser investigado".

"Não quero fazer apreciações de fundo sobre o Ministério Público, o sistema de justiça, mas partilho da opinião que o procurador-geral da República tem relativamente a este processo: de facto, o tempo foi excessivo face àquilo que era a complexidade e as matérias em causa. Foram oito anos muito difíceis para mim e para a minha família. Felizmente, neste momento isso acabou, tudo foi arquivado", atirou. 

Leia Também: Tutti Frutti? "O que senti não desejo a nenhum inimigo político"

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