O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considera que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "tem uma conduta à prova de bala", estando "muito tranquilo e confortável" apesar da polémica à volta da imobiliária da família e "saberá escolher o momento próprio e adequado para falar ao país".
"O primeiro-ministro não está em silêncio, esclareceu todas as questões que lhe foram colocadas. Quem está a governar um país, não faz só isso. Não tem de passar 24 horas a dar esclarecimentos a dúvidas que são absolutamente ridículas. O tema em si não faz qualquer sentido e não tem relevância. Se tomarmos a decisão de aumentar as pensões, se tivermos familiares pensionistas, eu estou em conflito de interesses? Temos de ter noção da realidade e não alinhar por uma vertigem que nos está a levar por caminhos que não são corretos”, defendeu Pedro Duarte, esta terça-feira, aos jornalistas.
Por fim, criticou as posições assumidas pelo Chega, que incluíram uma moção de censura.
"São ataques que ultrapassam uma linha que é da boa educação e decência cívica", rematou o ministro dos Assuntos Parlamentares.
Recorde-se que, segundo avançou no sábado o Correio da Manhã, a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, indicando que os três são sócios na Spinumviva, de que Montenegro foi fundador e gerente.
A polémica surge porque a empresa poderá beneficiar da alteração à lei dos solos, aprovada em novembro, e que, por motivos semelhantes, levou à demissão do ex-secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias.
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