"De hoje a oito [dias] pedimos que deem o seu voto e o seu apoio ao BE que, no parlamento, certamente fará toda a diferença", afirmou Roberto Almada, durante uma ação de campanha no Estreito de Câmara de Lobos.
Insistindo no apelo para que os madeirenses "pensem muito bem em quem vai votar de hoje a oito dias", Roberto Almada considerou que os partidos que estão atualmente representados na Assembleia Legislativa da Madeira "não têm garantido e não têm levado ao parlamento aquelas que são as preocupações das pessoas", nomeadamente no que diz respeito à crise da habitação.
Na região, indicou, todos os dias há pessoas a ficar sem habitação, "despejados, ou com grandes dificuldades em adquirirem a sua própria habitação ou pagarem a sua própria renda".
"É preciso alguém no parlamento que lute pela diminuição do preço das casas, é preciso alguém que lute pela valorização dos salários e das pensões, é preciso alguém que no parlamento lute por mais e melhor saúde, é preciso alguém no parlamento que lute por mais e melhores condições de vida e essa força política é naturalmente o BE", reforçou Roberto Almada, que, depois de em 2023 ter sido eleito deputado nas regionais realizadas em setembro, falhou a reeleição nas eleições antecipadas de maio de 2024.
Questionado se está confiante quando ao regresso do BE à Assembleia Legislativa Regional, o candidato disse acreditar que, "no final do dia 23 de março, a novidade será o regresso do Bloco ao parlamento da Madeira".
A acompanhar o candidato do BE, o líder parlamentar bloquista na Assembleia da República, Fabian Figueiredo, reforçou ainda que "há o reconhecimento que a ausência do Bloco do parlamento regional significou também a ausência de uma voz pelo direito à habitação".
"Os preços das casas na Madeira aumentaram acima da mediana nacional", disse, considerando que essa é uma marca dos "vários fracassos do PSD em toda a República, mas também na Madeira"
Às legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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