"Com o Livre é possível ter uma nova estratégia para as pescas na Madeira, uma que valorize os pescadores e atraia as novas gerações para o setor, que modernize as embarcações e os portos ou que reative a indústria transformadora de pescado", salienta o partido, em comunicado.
Sublinhando que "a atividade pesqueira é essencial" e que "os jovens não olham para as pescas como uma carreira de futuro", a candidatura encabeçada por Marta Sofia quer "inverter essa tendência, criando oportunidades de formação para os jovens, com cursos técnicos especializados e a atribuição de apoios financeiros para adquirir embarcações próprias".
O Livre defende a modernização dos portos e das embarcações, condições de trabalho dignas e maior eficiência energética, com menos custos e menor impacto ambiental.
"Não contestamos a grande importância da atividade piscatória, mas não pode valer tudo. Queremos infraestruturas mais sustentáveis, através de práticas que respeitem os recursos marinhos e assegurem a viabilidade da pesca a longo prazo", reforça o partido.
O Livre assegura que irá trabalhar em conjunto com as comunidades piscatórias para criar um "setor pesqueiro mais forte e justo" e "garantir que as suas necessidades e desafios são integrados nas políticas regionais".
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no domingo com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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