Eleições na Madeira. CDS aberto a diálogo mas entendimento só com alguns

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições da Madeira reiterou hoje a disponibilidade dos democratas-cristãos para dialogar com todos, embora "eventualmente só fazer entendimentos com alguns", considerando que "as pessoas estão fartas de instabilidade, de balbúrdia política".

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Lusa
19/03/2025 15:52 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"Acho que as pessoas estão fartas de instabilidade, de balbúrdia política, de alguma insanidade mesmo, existente na classe política", afirmou José Manuel Rodrigues, em declarações aos jornalistas a meio de uma iniciativa de campanha no centro do Funchal, na Rua Dr. Fernão Ornelas, uma das principais artérias de comércio da cidade.

 

Lembrando que, ao contrário do que aconteceu até 2019, quando o PSD perdeu pela primeira vez desde 1976 a maioria absoluta (conseguida depois com acordos), nos últimos atos eleitorais os madeirenses têm transmitido a mensagem de que não querem um só partido no poder, o candidato considerou que o resultado das eleições de domingo poderá ir no mesmo sentido.

"Quando é assim, estão a transmitir uma mensagem ao partido ganhador e aos partidos que não ganharam: 'sentem-se à mesma mesa, dialoguem, negoceiem e cheguem a um entendimento'", sustentou José Manuel Rodrigues, notando que o CDS-PP percebeu essa mensagem do eleitorado e, por isso, foi governo com o PSD até 2023 e fez um entendimento parlamentar durante o ano 2024 com os sociais-democratas.

Questionado se entende que é necessário retirar a ideologia do debate político para resolver a situação na Madeira, que vai no domingo a eleições pela terceira vez em cerca de ano e meio, o também líder regional do partido notou que a ideologia, os princípios e os valores são muito importantes e, por isso, "o CDS diz que não fará um acordo a qualquer preço".

"Fará um acordo em nome dos interesses dos madeirenses, desde que ele não fira os princípios ideológicos do CDS, que são os princípios democratas-cristãos, e desde que contemple algumas das medidas das soluções que nós temos vindo a defender", referiu.

Contudo, acrescentou, apesar de a disponibilidade para falar inclua todos os partidos, a abertura para entendimentos poderá não ser tão grande.

"Dialogar com todos, eventualmente só fazer entendimentos com alguns", salientou José Manuel Rodrigues, presidente do parlamento regional, que confessou ainda estar "animadíssimo" para a reta final da campanha eleitoral, durante a qual a mensagem do CDS-PP tem tido uma boa adesão.

Às legislativas de domingo da Madeira concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: JPP apela ao voto no único partido formado na Madeira

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