Eduardo Ferro Rodrigues defendeu, na noite de quinta-feira, na RTP2, um entendimento explícito entre PS e PSD, para criar estabilidade governativa, após as eleições legislativas do próximo dia 18 de maio.
"Estou convencido que mais tarde ou mais cedo com a situação internacional, com a situação europeia, que são gravíssimas, é preciso estabilidade política em Portugal e vai ser necessário haver uma convergência bastante mais explícita no centro político", fundamentou.
Para o antigo antigo secretário-geral socialista, as eleições antecipadas são também "uma nova oportunidade" para "o país e o eleitorado por aquele partido de extrema direita no lugar que merece, que é bastante menor do que os 50 deputados que hoje tem".
Na sequência destas declarações, Ferro Rodrigues voltou a condenar as palavras de Aguiar Branco, que comparou o PS ao Chega.
"Fiquei indignado com essas afirmações do ainda presidente da Assembleia da República porque comparar o Chega com um partido fundador da democracia, como o PS, é não só uma piada de mau gosto, como é de alguém tento naquilo que diz", atirou.
Recorde-se que Aguiar Branco acusou, na semana passada, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ter feito "pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos", numa intervenção no Conselho Nacional do PSD.
As declarações, que o ainda presidente do Parlamento já disse terem sido feitas "como militante do PSD" não caíram bem no seio político, onde geraram muita consternação.
Leia Também: Conselho das Comunidades Portuguesas defende voto eletrónico