O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reiterou, esta quinta-feira, a necessidade da implementação do horário laboral de 35 horas semanais e de sete horas diárias, tendo defendido que “a vida não pode, nem é só trabalhar”.
“Os trabalhadores precisam de respeito, precisam de salários, precisam da valorização das suas carreiras e das suas profissões. Precisam de travar a desregulação dos horários, a banalização do trabalho por turnos e de regimes de laboração contínua, desde logo em setores e empresas onde não há qualquer justificação para que isso aconteça, a não ser o máximo de lucro possível, à custa da saúde e da vida pessoal e familiar dos trabalhadores”, disse, a apresentação do programa do PCP, que concorre coligado com o PEV e associação Intervenção Democrática (Coligação Democrática Unitária) às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, no ISCTE, em Lisboa.
O responsável propôs, por isso, a redução do horário normal de trabalho para as 35 horas semanais e sete horas diárias, tendo salientado que “a vida não pode, nem é só trabalhar”.
“A vida é para viver, estar com a família, ver os filhos crescer, ter direito ao lazer. […] É um caminho que se impõe, que é possível e que é necessário”, complementou.
Paulo Raimundo avançou ainda com um aumento extraordinário das reformas e pensões para todos os reformados e pensionistas, de 5%, num mínimo de 70 euros, com efeitos retroativos a janeiro.
O PCP apontou também ser necessário um "choque salarial", com um aumento geral de 15% e com um mínimo de 150 euros, além de pretender que 1% do PIB (Produto Interno Bruto) seja destinado a construção ou remodelação de habitações públicas.
"A situação é dramática, as medidas têm de ser urgentes", advertiu o líder do PCP, numa intervenção em que definiu o programa eleitoral como sendo de "rutura com a política do atual Governo e dos anteriores".
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