“A austeridade, em certos termos e limites, não é uma escolha política: é um imperativo decorrente da falta de meios financeiros”, adiantou Henrique Medina Carreira, em entrevista ao jornal i.
O antigo ministro das Finanças fez esta clarificação quando inquirido sobre se são credíveis as promessas do Partido Socialista (PS) no sentido de aliviar a austeridade, caso vença as próximas eleições.
“Se não há dinheiro, nem crédito em condições aceitáveis, a austeridade impõe-se de modo inexorável. Não há alternativa, ao contrário do que dizem alguns”, retificou.
Para o socialista, a austeridade que vigora em Portugal “só pode ser conseguida se se conseguir rapidamente um crescimento significativo da economia, ou o apoio europeu na parte que exceder as nossas reais possibilidades”.
“Não sendo provável que a economia evolua desse modo, nem que a Europa se disponha a pagar-nos as despesas, a promessa de alívios rápidos de austeridade pode gerar perigosas deceções”, avisou.