"Governo do PS não é farinha do mesmo saco do que um de Direita"

O dirigente socialista, António Galamba assinou um artigo de opinião no jornal i, onde comentou a atualidade política.

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Notícias ao Minuto
26/11/2015 14:36 ‧ 26/11/2015 por Notícias ao Minuto

Política

António Galamba

"Abre-se um novo capítulo em que a euforia do momento é confrontada com a realidade da governação, do país e do mundo, com o previsto, com a negociação do voto favorável das Esquerdas e com a oposição das Direitas", afirmou António Galamba, após a notícia da indigitação de António Costa como primeiro-ministro.

Para o socialista, mesmo antes "deste novo tempo marcado pela rutura com as regras e as práticas de décadas de funcionamento do sistema político, importa sublinhar a evidente lástima do embuste da devolução da sobretaxa, a inacreditável incompetência do Governo de Passos e de Portas na concretização do banco de fomento, que só injetará dinheiro nas empresas e na economia em 2016".

"O veredito dos portugueses a 4 de outubro foi a mudança política e a verdade é que a Direita foi incompetente a sublinhar a convicção no cumprimento desse mandato", assegurou.

António Galamba considerou que "um governo do PS não é farinha do mesmo saco que um Governo da Direita. Ficou claro que, depois de apeados do poder, o PSD e o CDS não estarão disponíveis para acorrer ao governo do PS quando surgirem questões não contempladas pelos textos das posições políticas conjuntas ou imprevistos conexos, num momento em que a conjuntura internacional está demasiado volátil".

"O PS continua a ser o maior partido autárquico; e as cartas marcadas pela Direita nas nomeações, no mapeamento dos destinos dos fundos comunitários e na concretização dos negócios de fim de festa. Vivemos um tempo atípico, em que a margem é estreita, a expectativa é grande e o estado de graça inexistente", referiu.

O dirigente socialista explicou ainda que "o cidadão contribuinte, aquele a que corresponde um número da Segurança Social ou o que é utente do Serviço Nacional de Saúde não é um criminoso nem pode ser tratado com preconceito, indiferença ou soberba".

"O Estado é incompetente com as classificações das e-faturas e não tem de ser o cidadão a suprir essas falhas, a funcionar como agente tributário ou a ser especialista em direito fiscal. Haja dó", comentou tendo em conta a notícia de que os contribuintes vão ser obrigados a rever as suas faturas. 

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