"É insustentável porque uns têm só o bolo-rei e os outros têm a fava"

António Galamba acredita que o Banco de Portugal tem responsabilidades no caso Banif e frisa que os portugueses são sempre os mais prejudicados.

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Notícias Ao Minuto
24/12/2015 10:06 ‧ 24/12/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

António Galamba

António Galamba, no comentário ‘Conta Corrente’ do jornal i, comparou a época natalícia que vivemos com o estado do país, realçando que em Portugal “uns têm só o bolo-rei e os outros têm apenas a fava”.

O socialista acredita que “em algumas matérias, a tradição ainda é o que era”. “O Banco de Portugal (…) continua a falhar redondamente na regulação e na prevenção das consequências do regabofe dos banqueiros”, “a CGTP continua a querer sempre mais”, “o PCP e o Bloco de Esquerda continuam mais fiéis à desconstrução do que à construção do que quer que seja” e “os portugueses continuam a ser a caixa-forte da irresponsabilidade alheia na gestão dos dinheiros públicos e na gestão privada de entidades relevantes da vida em sociedade”.

É desta forma que o dirigente do Partido Socialista analisa a atual situação socioeconómica do país, mostrando que se a Direita não voltasse com a “palavra atrás, teríamos o primeiro problema sério do atual Governo na votação do Orçamento Retificativo”.

“Governar ou ser a maioria parlamentar de apoio de um governo não é só reverter medidas ou querer ter apenas o ‘bife do lombo’ da realidade política: as coisas boas para anunciar”, atira, acusando a Esquerda de não colaborar.

“Hoje à noite, é tempo de tradições, de afetos e de sabores. Haverá quem tenha, quem partilhe, quem conviva com os seus familiares e quem não vá disfrutar do melhor que a época propicia. Para a carência alimentar, a solidão, a falta de futuro, a rua, o frio e a exclusão vão ser o prato servido. É essa tradição de ciclo vicioso, negativo, e injusto que deve ser quebrada”, apela António Galamba.

O socialista reforça que “é insustentável persistir numa situação em que uns têm só o bolo-rei e os outros têm apenas a fava. Porque quem decide não decide a tempo e no sentido certo. Porque quem tem a massa não hesita em meter a mão”, conclui.

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