"Era o que faltava o país andar com uma moeda com a cara do Papa"

A socialista Isabel Moreira explicou que o Estado se deve manter laico.

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Inês André de Figueiredo
07/08/2016 09:41 ‧ 07/08/2016 por Inês André de Figueiredo

Política

Isabel Moreira

Isabel Moreira mostrou-se indignada com a notícia avançada pelo semanário Expresso que dá conta que os responsáveis pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda tinham programado lançar uma moeda de dois euros com a imagem do Papa Francisco.

O artista estava escolhido, houve conversas com a reitoria do santuário de Fátima mas o Vaticano recusou. “Não chegaram a pedir autorização ao Governo”, escreveu a deputada socialista no Facebook, salvaguardando que se trata de “mais um caso de não interiorização e de desrespeito pela laicidade do Estado”.

“E não é uma coisa sem importância”.

“A laicidade do Estado é o pressuposto da democracia plural, na qual se garante o respeito pela liberdade de religião e de culto de todas e de todos . Esse respeito é a não interferência na crença de cada um, nas nossas convicções”, afirmou a socialista.

Neste sentido, Isabel Moreira refere que a laicidade do Estado implica “uma abstenção por parte dos poderes públicos quanto à religião e nunca uma promoção da religião y ou x”. “O guia de princípios de atuação do Estado está na Constituição, ponto. Era o que faltava o país inteiro (na sua diversidade de crenças religiosas de agnósticos e de ateus) andar com uma moeda a circular com a cara do Papa Francisco”, concluiu.

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