"Durão Barroso foi fundamental para Portugal em Bruxelas"

A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque disse hoje que o ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, foi "fundamental" para Portugal enquanto esteve em Bruxelas e defendeu haver "discriminação" na recente polémica com o português.

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Lusa
15/09/2016 06:09 ‧ 15/09/2016 por Lusa

Política

Maria Luís Albuquerque

"Durão Barroso foi fundamental para Portugal enquanto presidente da Comissão Europeia. Foi muito importante ter um presidente da Comissão português, ter aquele presidente da Comissão Europeia nos momentos mais difíceis", vincou a social-democrata quarta-feira à noite, entrevistada na estação televisiva SIC Notícias.

E prosseguiu: "Acho a história triste. É francamente discriminatória, porque é Durão Barroso e é a Goldman Sachs. Acho que há discriminação. (...) Provavelmente, a Goldman Sachs exacerbou determinados sentimentos".

Em discussão estava a ligação de Barroso com o banco de investimento Goldman Sachs, que foi tornada pública 20 meses após a sua saída da Comissão Europeia, a que presidiu durante 10 anos (2004 a 2014).

Desde a nomeação de Durão Barroso para a Goldman Sachs, a Comissão Europeia tem insistido que a mesma respeita os princípios sobre conflito de interesses consagrados no Código de Conduta, que fixa um período mínimo de 18 meses para a assunção de novos compromissos por parte dos ex-comissários europeus.

"De acordo com as regras da Comissão Europeia, ele não violou nenhuma. Para que é que se fazem então as regras?", interrogou Maria Luís Albuquerque, numa alusão ao atual presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, que anunciou que vai examinar o contrato do seu antecessor e deu já instruções ao seu gabinete para tratar Durão Barroso como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas.

Na entrevista dada quarta-feira à noite à SIC Notícias, ao programa "Negócios da Semana", do jornalista José Gomes Ferreira, a vice-presidente do PSD e antiga ministra das Finanças falou também de temas como a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ou como a política económica do atual executivo do PS.

No primeiro ponto, definiu como "lamentável" a situação em torno da nova administração do banco: "Acho que este processo teve muito de humilhante para o país e para a instituição", realçou, abordando os 'chumbos' do BCE a alguns dos nomes propostos e a obrigatoriedade de alguns outros terem de ter formação específica na área da banca e finanças.

Sobre o plano de reestruturação da CGD, Maria Luís Albuquerque disse que ainda não se sabe o preço total da operação.

"Não sabemos o preço. Sabemos o valor global, mas não sabemos verdadeiramente o preço. Quantas pessoas vão sair? Quantos balcões vão fechar? Que negócio internacional vai ser alienado? O que é que a Caixa pode ou não fazer?", questionou.

Já no que refere ao atual Governo e ao Orçamento do Estado (OE) para 2017, a social-democrata sublinhou que o PS e os partidos que apoiam o executivo no parlamento estiveram nos dez meses em que António Costa está no poder "a desfazer" o que PSD e CDS-PP fizeram.

A responsabilidade do futuro Orçamento, portanto, é de "quem decidiu criar outra solução de governação" que não a proporcionada por PSD e CDS-PP e chumbada no parlamento, argumentou.

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