"Não é ataque aos ricos, mas forma de quem tem mais pagar mais"

Sobre as recentes notícias de um novo imposto sobre o património imobiliário, Joaquim Jorge não se mostrou contra esta nova medida.

Notícia

© DR

Inês Esparteiro Araújo
20/09/2016 14:00 ‧ 20/09/2016 por Inês Esparteiro Araújo

Política

Joaquim Jorge

A polémica em torno do imposto sobre o património imobiliário tem dado que falar e agora foi a vez de Joaquim Jorge manifestar a sua opinião sobre o assunto. Explicando que esta não é uma matéria que o “repugna”, afirmou tratar-se de “um bom começo de equidade e justiça social”.

“Infelizmente há uma justiça para ricos e uma justiça para pobres. Do mesmo modo, há uma justiça fiscal para ricos e outra para pobres. Os rendimentos dos empresários e das grandes empresas têm inúmeras formas (…) que beneficiam os que mais têm”, reiterou.

Para o fundador do Clube dos Pensadores, “não se trata de um ataque aos ricos” mas trata-se sim “de uma forma de quem mais tem, pagar um pouco mais”. Após as incendiárias declarações de Mariana Mortágua no sábado passado, Joaquim Jorge diz não entender “tanto alarido com esta situação”.

“No tempo de Sá Carneiro, grande político de matriz social-democrata, era esse o princípio: pagar mais quem tem mais. Isso não era um ataque aos mais ricos, mas que haja justiça social. Todavia, neste país, toda a gente sabe que quem tem mais poder económico consegue de forma sub-reptícia fugir ao Fisco e pagar menos”, frisou.

Alegando que “para haver um mínimo de coesão e justiça social” é preciso quem ganha mais, pagar mais e quem recebe menos, pagar menos”, no entender de Joaquim Jorge, “deveria ser assim que as coisas funcionariam numa sociedade democrática e igualitária”. Contudo, “todos sabemos que não é isso que acontece”, contrapôs.

“Sou a favor do novo imposto sobre o património imobiliário”, defendeu. “Quem não deve, não teme. Se eu porventura herdar e tiver uma conta bancária com 100 mil euros ou ao longo da minha vida fui amealhando poupança, não tenho problemas que tenham acesso à minha conta e entendam de onde o dinheiro é proveniente”.

Foi na semana passada, recorde-se, que PS e Bloco de Esquerda chegaram a acordo para a criação de um novo imposto, que deverá abranger apenas os imóveis de valor mais elevado, isto é, acima dos 500 mil euros.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas