Ascenso Simões considera que, após a vitória de Trump, a Europa não pode parar caso não queira ficar “sozinha no canto da sala deixando os EUA, a Rússia e a China a jogar o tabuleiro do futuro mundial”.
Lembrando que o próprio, em julho, já havia levantado a hipótese do candidato republicano vencer as eleições - afirmação que lhe valeu criticas -, o socialista lembra que a sua opinião está relacionada com o facto de “Hillary não estar integrada no sonho americano, não se ocupa de apostar nos que subiram pulso, que são práticos nas opções.
“Trump é um monstro para nós europeus, mas não o é para a generalidade dos americanos. Ele simboliza o sucesso, o ganhar e perder, o desassombro a representação de cada uma das pequenas batalhas que os inúmeros grupos vão assumindo”, acrescenta no artigo que assina na Ação Socialista desta semana, salientando que “para nós Trump não podia ganhar. Mas Trump ganhou”.
“É por isso que ficámos todos com uma sensação de enorme derrota”, refere Ascenso Simões, defendendo que essa vitória obriga-nos a “regressar ao pragmatismo da diplomacia para que a velha Europa não fique no canto da sala”. Este lembra, ainda, que Portugal tem de “acelerar” dado que tem “muitos dossiers que importa” como as “Lages, o TTIP, o nosso papel na Nato”.