PS envolve Bloco, PCP e PEV em resultados económicos
O porta-voz do PS envolveu hoje todos os partidos que apoiam o Governo nos resultados económicos de 2016, sublinhando que ainda há um caminho de recuperação de direitos a fazer para o qual é necessário terminar a legislatura.
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Política Galamba
"Este resultado é de todos nós, é do Governo do PS, é da bancada do PS, é da bancada do PCP, é da bancada do Partido Ecologista 'Os Verdes', é da bancada do BE. É de todos os partidos que acreditaram que era possível fazer diferente, que os portugueses tinham direito a mais do que o empobrecimento, que lutaram por outra solução, que acreditaram", afirmou João Galamba.
O porta-voz e deputado socialista falava numa declaração política no plenário da Assembleia da República, em reposta ao deputado do PCP Bruno Dias: "Este caminho não está terminado, é um caminho que deve ser aprofundado e é por isso que acreditamos que esta legislatura deve ser completada".
"Temos um programa para executar, os portugueses ainda têm um longo caminho à sua frente de recuperação de rendimentos e de dignidade, que o Governo anterior lhes roubou", argumentou.
Na sua declaração inicial, João Galamba sublinhou a aceleração da economia no terceiro e no quarto trimestre de 2016, como o "melhor e mais justo crescimento económico dos últimos anos", que é "inteiramente sustentável" porque assenta no aumento do consumo privado "alicerçado no aumento do emprego e do rendimento das famílias".
Galamba apontou para o aumento do saldo externo, crescimento das exportações, e para os resultados na frente orçamental que "superaram todas as expectativas, mesmo as mais otimistas".
"O país está melhor e os portugueses, incluindo os portugueses da oposição a este Governo, também", disse.
Mariana Mortágua, do BE, saudou a inversão de política económica, para a qual o Bloco contribuiu, mas apontou baterias às consequências do valor do défice.
"Há 1674 milhões de euros disponíveis que podiam ter ser usados para contratar pessoal para as escolas, para investir no serviço nacional de saúde, para investir nos serviços públicos, para aumentar apoios sociais, para aumentar salários, para haver progressão de carreiras na Função Pública, para haver descidas de IRS, e que não foram utilizados porque o Governo quer ter na lapela o título de menor défice da democracia, apesar de isso ir além do que Bruxelas exigiu", sustentou.
Bruno Dias, do PCP, defendeu que sendo "um primeiro bom sinal a aceleração do crescimento, o país precisa de crescer a ritmo bem superior e sustentado e para isso precisa de se libertar dos constrangimentos externos, que consonem milhares de milhões de recursos financeiros que poderiam a deveriam ser usados em investimento público".
PSD e CDS-PP atacaram João Galamba e ambos invocaram a figura do ex-primeiro-ministro José Sócrates entre os seus argumentos.
A deputada Cecília Meireles acusou-o de lhe "faltar em resultados aquilo que lhe sobra em lata", apontando para os 2,4% de crescimento previstos pelo grupo de economistas convidados pelo PS para elaborar o cenário macroeconómico.
Sobre o "melhor défice" alcançado em democracia, Cecília Meireles comparou: "Ainda me lembro do tempo em que se ouvia esta frase do primeiro-ministro José Sócrates. Sejam criativos na propaganda".
O social-democrata António Leitão Amaro chamou a João Galamba "arauto do segundo resgate, profeta do programa cautelar, que disse que Portugal estava numa espiral recessiva" e " advogado da governação sustentabilíssima de José Sócrates".
Leitão Amaro insistiu igualmente que o cenário macroeconómico que o PS apresentou antes das eleições apontava para outros valores: "O que é falhou para não crescermos 2,4% ao ano", questionou.
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